Ainda é bastante comum ver famílias procurarem shoppings em vez de áreas naturais para se divertir nos fins de semana e nas férias. “Nada contra um passeio de vez em quando em centros comerciais, até mesmo para ir ao cinema, teatro ou às compras. Mas os espaços verdes, além de gratuitos, trazem muito mais benefícios para a saúde”, diz o pediatra, sanitarista e escritor Daniel Becker.
“A criança precisa do brincar livre na natureza, assim como precisa de ar para respirar. Faz bem para a saúde física e emocional, para a imunidade, a memória, o bem-estar geral. Promove habilidades de foco, de vencer desafios, medos; ativa a curiosidade, a criatividade, a imaginação, a coragem. Melhora o aprendizado, a capacidade de resolver problemas”, ressalta Becker.
Segundo ele, vale desde a calçada da rua de casa até o parque florestal da cidade, mas, quanto mais profundo o contato com a natureza, melhor. “O que eu proponho são pequenas florestinhas, cachoeiras, serras etc.”, orienta.
A mesma dica vale para quem vai colocar os filhos em colônias de férias: “Há algumas que ficam em creches fechadas. Escolha as que têm mais espaços ao ar livre. A natureza em si traz o senso de aventura e magia. Na colônia, a criança vai encarar isso com pessoas desconhecidas e ter que se relacionar de outra maneira, e é maravilhoso”.
Visitar familiares, promover encontros com primos, dividir as tarefas domésticas são ótimas oportunidades para as férias.
A advogada Elizabeth Dias, de 38 anos, lembra-se com saudade das férias da infância, quando podia brincar na rua com os amigos da vizinhança em Belo Horizonte. Hoje, com a violência urbana e o aumento de veículos nas vias, sem poder oferecer isso ao filho Thomas, de 8 anos, ela escolheu para ele uma colônia de férias que proporciona muito do que ela carrega na memória.
“No Espaço Criativo, eu vi essa possibilidade de ele ter contato com as brincadeiras mais antigas, com o livre brincar em um grande quintal”, comenta.
A colônia férias é boa opção por proporcionar à criança contato com outras crianças em um novo ambiente e experiências em brincadeiras diferentes”, defende Marina Pedralho, uma das fundadoras do Espaço Criativo.
Via O Tempo