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Ano após ano, os meses entre julho e outubro continuam a representar um risco para as áreas de vegetação, que sofrem rotineiramente com as queimadas. Neste ano, em Minas Gerais, a preocupação é ainda maior devido à possibilidade de um período mais severo de estiagem, o que facilita a propagação das chamas. Segundo dados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), os satélites do órgão já captaram, até o último dia 20, 2.125 focos de incêndio no Estado, o que equivale a um incêndio a cada três horas. O número é quase o dobro do mesmo período do ano passado, quando ocorreram 1.119 registros.

A situação já acendeu o alerta no Instituto Estadual de Florestas (IEF), que também notou um aumento de queimadas acima da média histórica em Minas Gerais. Somente neste ano, até o último dia 19, foram 202 ocorrências apenas em áreas que estão sob a administração do Estado.

O diretor geral do IEF, Antônio Malard, diz que o órgão já trabalha com perspectiva de um ano ainda mais crítico na frequência de queimadas, assim como foi em 2020. “Em 99% dos casos, são incêndios provocados pela ação humana, que mesmo sem a intenção. Temos trabalhado para agir contra esses incêndios de maneira mais rápida para evitar queimadas de grandes proporções”, explica o diretor geral.

Até agora, a maioria das ocorrências ocorreu fora das zonas de preservação, nas chamadas áreas externas – pontos que cercam os parques e ajudam a amortecer os impactos das queimadas. “É uma guimba de cigarro acesa arremessada para fora do carro ou mesmo uma queima controlada dentro de uma fazenda, mas que fogem do controle e propiciam grandes incêndios, como sempre ocorreu”, finaliza Malard.

Neste ano, segundo o IEF, novas técnicas de combate e prevenção aos incêndios estão sendo adotadas para minimizar o impacto das queimadas. Uma das novidades, que começou a ser testada no ano passado e que já está em prática em 2021, é a queima controlada nas áreas verdes.

“Nesse caso o fogo é o nosso aliado. Pegamos algumas áreas pequenas, onde historicamente o fogo tem início, e fazemos uma queima controlada para, assim, evitar que esses locais voltem a registrar focos de incêndio”, explica o diretor-geral do IEF.

Os recursos para o trabalho de controle das chamas, neste ano, estão na ordem de R$ 40 milhões, que serão investidos em atividades de prevenção e na contratação de novas equipes.

O Estado contará com 252 brigadistas, pelos próximos cem dias, além do acréscimo de 115 profissionais que foram contratados em abril e permanecerão à disposição do IEF até abril de 2022.

Informações: O Tempo

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