Em 2020, enquanto o mundo enfrentava a pandemia de COVID-19, começaram a surgir evidências de que as sequelas da doença poderiam persistir por muito tempo, desafiando a ideia de que se tratava apenas de uma ‘gripezinha’. Atualmente, sabemos que a chamada COVID longa pode causar mais de 200 sintomas, afetando praticamente todos os sistemas do corpo humano. Estima-se que cerca de 65 milhões de pessoas no mundo sofram dessa condição, equivalente a pelo menos 10% dos infectados. Entre os hospitalizados, a prevalência pode atingir 70%. A maioria dos casos ocorre em indivíduos entre 36 e 50 anos com quadro agudo leve da doença.
COVID longa não tem tratamento comprovado:
Sem tratamentos comprovados para a COVID longa, muitos pacientes recorrem a terapias pseudocientíficas, como ivermectina, suplementos multivitamínicos e células satélites. Contudo, uma pesquisa feita pelo laboratório de pesquisa da Faculdade de Medicina da USP desde outubro de 2020 traz esperança. O estudo avaliou pacientes que sobreviveram a quadros graves de COVID-19 e fizeram exercícios físicos domiciliares com supervisão remota de um profissional durante quatro meses.