Percepção compartilhada por estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em diversas cidades e Estados, foram os generalizados grandes índices de abstenções que garantiram que o protocolo de distanciamento fosse cumprido.
É o que garantem candidatos que, em 2020, se organizaram em defesa do adiamento da prova e que, neste ano, também julgavam a medida necessária. De acordo com o atual ministro da Educação, Milton Ribeiro, em coletiva de imprensa que está sendo realizada na noite deste domingo (17), os índices de ausências foi de 51,5%, mais que o dobro em relação aos anos anteriores. Além da pandemia da Covid-19, que pode ter afastado candidatos, ele atribui o grande volume de desistências à “mídia contra a aplicação da exame”.
Ribeiro reconheceu que o Ministério da Educação (MEC) enfrentou cerca de 20 ações na Justiça, que pediam o cancelamento da prova neste domingo, perdendo apenas em um caso: no Amazonas, em que o sistema de saúde colapsou devido ao recorde de casos de pessoas internadas diagnosticadas com a Covid-19.
Os candidatos fizeram as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação. Os portões foram abertos às 11h30 –meia hora mais cedo que o habitual, para evitar aglomerações na entrada. As provas começaram a ser aplicadas às 13h30, com término às 19h.
Os candidatos do Enem que apresentaram sintomas ou diagnóstico de Covid-19 na véspera ou no primeiro dia de prova poderão solicitar a reaplicação da prova entre os dias 25 e 29 de janeiro, na página do participante.