Com a chegada dos meses mais secos, incêndios de grandes proporções já chamam a atenção no estado. Equipes de bombeiros militares, brigadistas e moradores tentam apagar as chamas que começaram há três dias na região da Serra da Caetana, no Parque Nacional da Serra do Cipó, na Grande BH. A extensão da área queimada ainda não foi calculada, mas moradores dizem que um incêndio dessa proporção não ocorria há anos. A estimativa é de cerca de 1,7 mil hectares destruídos. Outra ocorrência, desta vez criminosa, destruiu um parque natural em Sete Lagoas, na Região Central de Minas. Na Zona da Mata, o Parque Estadual de Ibitipoca também é alvo das chamas. O fogo já devastou área equivalente a 500 campos de futebol. Na noite de ontem, uma residência e um estabelecimento comercial às margens da MG-10 quase foram tomados pelas chamas provenientes de queimada em vegetação.
Devastação
“Aqui tem muitas aves, geralmente, são poucos que conseguem escapar. Os poucos não conseguem voar. os que sobrevivem, morrem de fome. A perda da fauna e flora é desesperador. se continuar desse jeito, não vai ter mais nada”, disse. Ela ainda sustentou que são poucos brigadistas para uma área tão extensa como o do Parque da Serra do Cipó e clamou por conscientização.
Ibitipoca
Enquanto isso, incêndio no Parque Estadual do Ibitipoca, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata, queimou cerca de 35% da unidade de conservação. Foram cerca de 500 hectares de área atingidos, o equivalente a 500 campos de futebol, segundo o major Leonardo Nunes, subcomandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora e coordenador da operação no local: “Os danos são irreparáveis. Não temos como, agora, afirmar se o incêndio foi criminoso”, disse.
Sete Lagoas
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os bombeiros 5ª Companhia Independente também davam duro ontem, na tentativa de combater incêndio de grandes proporções em Sete Lagoas que já havia demandado 17 horas de trabalho. As chamas começaram às 10h de domingo e destruíram 80% da área de preservação ambiental do Monumento Estadual Gruta Rei do Mato, segundo informações do Corpo de Bom- beiros. Isso equivale a 140 hectares ou 196 campos de futebol com medidas-padrão.