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A menina dorense ganhou experiência e foi trabalhar em um dos maiores jornais do Brasil, a Folha de São Paulo. Esse é o resumo da história de Raquel Lopes, 30, que hoje vive em Brasília, trabalhando na Folha, onde suas matérias lutam diariamente por destaque na capa do site e do jornal. E quando isso acontece: print e rede social, como se fora um troféu conquistado no suado e disputado mundo do cotidiano jornalístico que engole a profissão. Naqueles posts, além da conquista merecida, a humildade e o jeitinho mineiro de celebrar as conquistas.

Mas vencer é um verbo que teve que esperar por muitas lutas para poder ser conjugado na vida da dorense. Em meados de 2012, ainda estudante de jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Raquel, então com seus 20 e poucos anos, subiu convicta os poucos degraus da recém inaugurada redação do Barroso EM DIA, na Rua Maria José de Melo, no Centro de Bar- roso, e adentrou o espaço onde estagiou por cerca de três anos. “Eu sabia desde o início da faculdade que gostaria de trabalhar em redação. O Barroso EM DIA foi onde eu tive minha primeira oportunidade de estágio, aprendi muito. Foi na redação em Barroso que tive a certeza que gostaria de continuar a trajetória”, diz.

Raquel dividiu páginas e pautas e ajudou a fundar, em 2013, o jornal impresso Dores EM DIA. Assim, ao lado do jornalista Bruno Ferreira, iniciou um novo ciclo do jornalismo na sua cidade de origem, Dores de Campos. “Lembro das inúmeras reuniões e discussões de pauta que travava com a Raquel que, além de jornalista, tinha que ser vendedora de anúncios e até jornaleira na cidade. Sim, a Raquel ainda tinha que entregar o jornal como fazemos até hoje aqui em Barroso”, relembra Bruno.

“Raquel tinha atitude, pensava e executava as pautas. Ela não tinha medo de encarar as entrevistas”, ressalta. Entre os trabalhos realizados no Barroso e Dores EM DIA está a cobertura da Tragédia da Rua Viena, quando crianças morreram carbonizadas em Barroso, uma matéria sobre o funcionamento da Apac, em São João e a matéria sobre o descaso com o esporte em Dores, que levou a manchete 8×1.

Em 2015, Raquel concluiu o curso e foi contratada para trabalhar em Colatina, noroeste do Estado do Espírito Santo, onde ficou por 11 meses até ingressar na Rede Gazeta, em Vitória. Com experiência na bagagem, Raquel deixou o Espírito Santo, mas não abandonou as vitórias. Em maio de 2020, ela seguiu rumo a Brasília, onde conseguiu uma vaga temporária na Folha. E assim, desde então, com uma rápida passagem pelo Poder360, ela voltou para a Folha, onde segue, em Brasília, longe da sua cidade natal, mas com um jeitinho mineiro de cativar pessoas e cultivar pautas em um jornalismo diário que já lhe rendeu prêmios. Raquel foi finalista de sete prêmios nacionais de jornalismo. Ela ganhou quatro deles.

“Agradeço pela oportunidade, acredito que em todos aprendi algo novo, o que me ajudou no crescimento pessoal e profissional”, diz Raquel, que mantém o brilho nos olhos pela profissão.

2 Comentários

  1. Essa minha sobrinha é um orgulho!

  2. Raquel é o exemplo de que dedicação e persistência é o caminho para a conquista de nossos sonhos!

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