A descoberta de uma variante da ômicron no Brasil, a nova onda de casos de covid na Europa e a alta de testes positivos em laboratórios particulares e farmácias no país elevam a preocupação sobre uma faixa que ainda não foi atendida pela vacinação: a de bebês e crianças pequenas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 16 de setembro um imunizante da Pfizer que poderia atender crianças entre 6 meses e 2 anos e 11 meses de idade que, até o momento, não foram incluídas na cobertura vacinal. A farmacêutica já entregou 1 milhão de doses ao governo.
O Ministério da Saúde, no entanto, limitou a vacinação nessa faixa etária apenas para casos de pessoas com comorbidades. E mesmo para esse grupo ainda não foi divulgado um calendário.
“Nós temos famílias preocupadíssimas com a aproximação da nova onda, com a presença da variante BQ.1 no Brasil. Então as crianças não vacinadas estão sob maior risco. É urgente a vacinação desse grupo”, diz a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Nota conjunta das Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) disse que a carga da doença na população brasileira de crianças até 5 anos é relevante. Cita que, apenas em 2022, foram registradas 12.634 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave decorrente de covid com 463 mortes confirmadas.
Via Estado de Minas