Não sou adivinho, mas suponho que 2014, já começado quando este número do Barroso EM DIA vier a público, poderá se tornar um ano problemático para o mundo e para o Brasil, Eis as razões desta minha suposição. Este é o ano centenário do fatídico início da chamada I Grande Guerra Mundial. Em junho de 1914 um fanático sérvio assassinou em Serajevo o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria. O crime foi o estopim que levou a Áustria a declarar guerra à Sérvia no dia 28 de julho daquele ano.
Todavia, a guerra já vinha sendo planejada havia algum tempo, e as razões eram as mesmas de todas as guerras em todos os tempos: dinheiro, conquista de territórios ricos em matérias primas estratégicas, dominação de mercados e poderio político. De um lado estavam a Áustria-Hungria, Alemanha, Turquia e Bulgária. Do outro, os chamados “Aliados”: França, Inglaterra, Rússia, Bélgica e, já no final, a Itália. Também se uniram a eles os Estados Unidos, o Brasil e outros países americanos. Com a capitulação da Alemanha em 11 de novembro de 1918, terminou a guerra da qual participaram 60 milhões de combatentes, dos quais morreram mais de oito milhões.
Acontece que, neste ano de 2014, em várias regiões do mundo existem conturbações, especialmente no Oriente Médio (Israel e países árabes) e no Extremo Oriente (China, Japão e as duas Coréias). No Brasil, especificamente, ocorrerão duas guerras geralmente sujas. A primeira, a Copa do Mundo de Futebol que, por coincidência com 1914, vai ser nos meses de junho e julho. A segunda, as eleições para os ocupantes dos poderes executivos e legislativos federais e estaduais, guerra que se travará oficialmente a partir de julho (mas já vem sendo fermentada há quatro anos), e terá como ápice a votação de 5 de outubro, resultando em consequências boas ou ruins até 31 de dezembro de 2018 (centenário do fim da guerra de 1914, e final do mandato dos eleitos em outubro deste ano).
Tanto na Copa do Mundo como nas eleições atuarão forças poderosas, conluios secretos, manobras escusas, interesses financeiros, espionagem, troca-troca de favores, traições, mentiras oficiais e oficiosas, tudo com o objetivo de conquistar o poder, de obter lucros econômicos e vantagens financeiras para os vencedores, continuidade da corrupção no esporte e na política. Com essas perspectivas, não sei se vale a pena fazer augúrios de “Próspero 2014”. Mesmo assim, considerando que a Argentina e a Itália têm o papa, mas que Deus continua sendo brasileiro, que Ele nos livre dos juizes (de futebol ou não) e dos políticos corruptos. Senhor, tende piedade de nós!
Por Paulo Terra
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