A Covid-19 avança pelo interior de Minas. A cada dez pacientes testados positivos, sete são moradores de municípios mais distantes da capital. O cenário é o oposto do que se viu nos primeiros meses da pandemia, quando 70% dos casos estavam concentrados na região Central. E também serve como um sinal de alerta. Com as festas de fim de ano, especialistas temem que as viagens para visitar familiares em outras localidades potencializem o risco de infecção e a circulação do novo coronavírus em todo o território.
O secretário de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral, reforçou que, nas últimas semanas, é registrado um aumento progressivo de doentes em cidades com menos de 30 mil habitantes.
O crescimento reflete, inclusive, na demanda por internações em UTIs. Minas tem mais pacientes internados nos hospitais públicos por causa da Covid-19 em dezembro do que em julho, quando houve o pico da pandemia. Na última segunda-feira, 2.985 pessoas estavam em leitos exclusivos para a doença na rede do SUS, sendo 1.092 na terapia intensiva.
O crescimento do número de doentes tem forçado transferências de pacientes entre macrorregiões, por causa do estrangulamento no sistema de saúde. “Há regiões que ficaram com um número tão grande de casos que precisamos referenciar pacientes para outras”, diz o secretário.
Com informações Hoje Em Dia