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A falta de repasses para os consórcios municipais do SAMU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, e os baixos salários dos funcionários que atuam no socorro para vítimas de trânsito e outras emergências, foram temas de uma audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quinta-feira (14).

Muitos dos trabalhadores do SAMU recebem pouco mais de um salário mínimo. Não há recomposição salário, e nem aumento do repasse de verba para os consórcios intermunicipais do SAMU há três anos, de acordo com representantes dos consórcios.

O governo federal que é responsável por 50% do custeio do SAMU em Minas, mas o estado e as prefeituras estão tendo que desembolsar para suprir um déficit que já chega aos R$ 57 milhões, também de acordo com a categoria.

Núbia Dias, diretora do SindSaúde, avaliou que todos os envolvidos estão tentando manter o serviço, mesmo com pouco recurso.

“Nós estamos lutando para que esse serviço móvel não precise parar no estado de Minas Gerais inteiro. Não temos como mensurar o estrago que seria esse serviço parado. A situação é gravíssima, um condutor recebe entre R$1,6 mil e R$1,7 mil para uma jornada exaustiva. O piso da enfermagem para esse grupo chega com 3 meses de atraso. Eles são altamente especializados, hoje os consórcios públicos não conseguem mantê-los”, afirmou.

Edimar Abreu é condutor socorrista na Zona da Mata mineira, diz que pouca gente tá querendo trabalhar com SAMU. “Os melhores profissionais estão deixando esse trabalho. São vários que deixam de fazer o que amam em função da baixa remuneração. A retomada desses repasses é fundamental para manter a qualidade do serviço”, diz.

Informações Itatiaia.

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