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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), juntamente com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PRF), cumpriu 250 mandados judiciais na manhã da última quinta-feira (20) em Juiz de Fora e região. Chamada de “Transformers”, a operação teve o objetivo de desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular.

De acordo com o MPMG, o grupo seria responsável, principalmente, por fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata mineira. Informações obtidas por meio de ordem judicial indicam que eles podem ter movimentado quase R$ 1 bilhão nos últimos 5 anos.

Entre as prisões está o Delegado Rafael Gomes, nascido em Ubá, cidade da Zona da Mata mineira, o delegado tem 37 anos e participou das Eleições 2022 como candidato a deputado estadual. Ele teve pouco mais de 8.400 votos e foi qualificado como suplente do partido Avante. Em 2018, o delegado também se candidatou para o mesmo cargo e recebeu mais de 20 mil votos, mas não se elegeu.
As investigações, que duraram aproximadamente 2 anos, mostraram que a organização criminosa é estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela:
  • Logística: que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;
  • Setor financeiro: que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;
  • Setor de corrupção: responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;
  • Núcleo de liderança: que coordena e controla as atividades.

Conforme o órgão, as provas demonstram a relação simbiótica que existe entre a “organização criminosa desarticulada com outras associações para a prática permanente de diversas atividades ilícitas, como comércio ilegal de peças e de veículos provenientes de crimes, tráficos de drogas locais, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro”.

Via G1

 

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