Compartilhe:

Atos de violência contra as mulheres, apenas por serem mulheres, seguem de forma assustadora e sem o menor sinal de trégua. Os feminicídios registrados em Minas até outubro superam os registros do mesmo período do ano passado, com média de uma morte a cada dois dias. Os dados são da Polícia Civil (PC). Nos primeiros dez meses deste ano, 139 mulheres foram assassinadas no território mineiro – até outubro de 2024 eram 135 mortes.

Doutora em Direito e pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP) da UFMG, Samantha Nagle Cunha considera que a prevenção é a “chave” para reduzir os casos de feminicídios.

“Tem dois pontos muito importantes que precisamos avançar em Minas: o primeiro é a questão da educação de gênero, que precisa existir no sistema público de ensino e no privado também. Segundo, precisamos produzir dados confiáveis sistematizados entre as forças de segurança pública para podermos enfrentar o feminicídio antes dele ser cometido”, disse.

Para a especialista, a política de repressão aos homens que cometem esse crime é importante, mas não irá trazer a solução. “O feminicídio hoje é o crime que tem a maior pena máxima, de 40 anos, mas os dados mostram que isso não tem aumentado a segurança das mulheres nem desmotivado os homens. Não adianta lidar depois que a morte aconteceu, temos que lidar antes. Precisamos prevenir antes de remediar”, destacou.

O Governo de Minas informou que promove diversas políticas de combate e prevenção à violência contra a mulher. As iniciativas são realizadas por órgãos do Executivo como as secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e de Desenvolvimento Social (Sedese).

Informações Hoje em Dia

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *