Cinco dos dez médicos que se inscreveram para ocupar as vagas do Mais Médicos deixadas por profissionais cubanos em São João del Rei, já tiveram as documentações validadas e começam a trabalhar na próxima segunda-feira 3 de dezembro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os profissionais já se apresentaram à Superintendência de Atenção Básica da Prefeitura. Os outros cinco médicos têm até 14 de dezembro para comparecerem ao local e mostrarem as documentações.
Os médicos do programa serão distribuídos para os Programas de Saúde da Família (PSFs) do Senhor dos Montes, Bela Vista/São Geraldo, Bom Pastor/Pio XII, Colônia do Giarola, Fábricas, Tijuco e para os postos de saúde dos distritos de São Sebastião da Vitória e São Gonçalo do Amarante.
Desde 2014, 16 profissionais atuam pelo programa Mais Médicos em São João del Rei, dez deles eram cubanos. Além dos médicos selecionados para substitui-los, seguem trabalhando na cidade outros seis profissionais, sendo um alemão e cinco brasileiros.
No dia 20 de novembro, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União o edital com cerca de 8,5 mil vagas para o programa Mais Médicos em todo o Brasil. Na Zona da Mata e Campo das Vertentes há vagas para 26 cidades. (Veja Abaixo)
As vagas são para brasileiros e estrangeiros que tenham registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Brasil. A publicação do novo edital foi uma medida emergencial do governo federal após o anúncio da saída de Cuba do programa. O salário é de R$ 11.800.
Vagas para o Mais Médicos na região Saída dos cubanos
- Dez vagas: Juiz de Fora e São João del Rei;
- Seis vagas: Santos Dumont;
- Três vagas: Carandaí, Leopoldina e Rio Novo;
- Duas vagas: Além Paraíba, Antônio Carlos, Cataguases, Mar de Espanha e Ressaquinha;
- Uma vaga: Barbacena, Barroso, Divino, Dores do Turvo, Ervália, Fervedouro, Itamarati de Minas, Laranjal, Maripá de Minas, Santa Bárbara do Monte Verde, São Sebastião da Vargem Alegre, Tabuleiro, Tombos, Ubá e Vieiras.
Saída dos cubanos
No dia 14 de novembro, o governo cubano anunciou que deixaria o Mais Médicos e citou “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro em relação à presença dos médicos cubanos no Brasil.
Com a saída dos profissionais cubanos, foi levantado pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) que cerca de 600 municípios brasileiros poderiam ficar sem nenhum médico da rede pública a partir do dia 25 de dezembro.
Informações G1