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Das quadras de Barbacena, cidade do Campo das Vertentes localizada a pouco mais de cem quilômetros de Juiz de Fora, até o título da Superliga na última temporada: essa é a trajetória de Maicon Leite, central de 32 anos campeão da principal competição do vôlei nacional pelo Sesi/Bauru e que irá jogar, a partir de 2024/25, pelo Suzano Vôlei. À Tribuna, o atleta contou sobre o começo no esporte, sua trajetória profissional e expectativa para o novo desafio.

O início de Maicon no vôlei não se deu por vontade própria, mas sim em uma necessidade quando precisou completar o treino de sua irmã. “O professor, na época, me chamou para treinar com as meninas. Acabou que eu segui, até o momento em que o técnico falou que, infelizmente, estava inviável para eu continuar ali, porque eu já era bem alto. Depois, passei a treinar com um pessoal no Ginásio Célia Mazzoni, em uma escolinha, duas vezes na semana”, conta o central.

Da base para o profissional

A partir do momento em que passou a treinar vôlei com regularidade, a ascensão de Maicon foi rápida. Após disputar um campeonato em Juiz de Fora em 2008, o central passou a jogar pelo Granbery. No ano seguinte, se mudou para Três Corações e, em 2010, para São José dos Campos. De lá, se transferiu para as categorias de base do Sesi, onde ficou por mais dois anos. “Foi uma grande oportunidade de poder estar ao lado de referências. Naquela época, por volta de 2011, o Sesi tinha um time que era a base da seleção brasileira e pude estar ali ao lado de vários jogadores que tenho certeza que foram muito importantes para a minha formação dentro do esporte”, relata o barbacenense.

No meio de tantos craques, Maicon afirma que sua transição das categorias de base para o profissional foi difícil. “Quando você chega no adulto, aquilo que você fez na base – se você era muito bom, se você jogou muito bem -, isso realmente não importa. O que importa é o quão preparado você está para entrar no profissional e, aí, você vai ter que competir com os melhores atletas, com pessoas experientes, jogadores da seleção brasileira. Você vai precisar se desenvolver para achar o seu espaço. Essa transição não foi fácil, mas tive boas oportunidades e bons técnicos que me ajudaram a desenvolver”, diz o atleta.

Experiência fora do Brasil

Após a profissionalização no Sesi, Maicon passou pelo Itambé/Minas, Vôlei Taubaté, São José Vôlei, Bento Vôlei, Montes Claros Vôlei e Canoas Vôlei, até passar a jogar fora do Brasil. O central atuou no exterior por Exprivia Molfetta-ITA, Fonte do Bastardo-POR, Dinamo Bucuresti-ROM, Paykan Tehran-IRA e Knack Volley Roeselare-BEL. Para o jogador, ter a oportunidade de viver em cinco países diferentes foi enriquecedor.

“Joguei em países com língua diferente, cultura, forma de entender e jogar voleibol diferente, várias coisas para se adaptar e, consequentemente, isso faz a gente desenvolver muito. Há três anos atrás, eu pude voltar para o Brasil, joguei no Montes Claros e ali foi o meu ápice no Brasil. Fui o melhor atacante da Superliga na fase regular e, no ano seguinte, fui para a Bélgica e foi uma outra incrível oportunidade. O Knack Roeselare é um clube muito tradicional, que me ofereceu uma estrutura impecável, acho que foi o melhor lugar onde trabalhei, me senti mais bem cuidado”, afirma Maicon.

O título da Superliga

Na temporada 2023/24, o Sesi voltou a ser campeão da Superliga depois de 12 anos. Maicon, que participou de forma significativa de toda a campanha do título, entende que o segredo da conquista é o coletivo. “Foi uma temporada de muita evolução, muito crescimento de um grupo bastante jovem. Tínhamos quatro jogadores que eram extremamente importantes, com 21, 22 anos. E o individual de cada um foi se desenvolvendo ao longo da temporada. Nós chegamos nos play-offs com um conjunto muito forte. Cada um também em boa forma”, avalia o central.

Novos ares

Depois de conquistar a Superliga com o Sesi/Bauru, Maicon jogará a temporada 2024/25 pelo Suzano Vôlei. O atleta se mostra muito motivado com a mudança de clube. “Me sinto preparado também para poder chegar e fazer a diferença, buscar me desenvolver. Acho que hoje já tenho uma bagagem muito bacana que me dá possibilidade de poder contribuir em diversos aspectos e, claro, tecnicamente, dentro de quadra também. Sei do meu potencial, sei o que esperam de mim e estou em plenas condições físicas. Estou bem, estou experiente, estou pronto, feliz, motivado e espero poder fazer o torcedor suzanense bastante feliz”, projeta.

Informações Tribuna de Minas

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