A violência dentro do contexto escolar tem escala assustadora no país. O ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), na última quarta-feira (5), quando um homem de 25 anos matou quatro crianças e feriu outras cinco com uma machadinha, foi o último episódio.
Para se antecipar e prevenir outra tragédia dentro dessa realidade, o Governo de Minas, por meio da Polícia Militar de Minas (PMMG), lançará nesta segunda-feira (10), a “Operação de Proteção Escolar”. O objetivo é proteger o ambiente escolar, garantindo a segurança e o bem-estar de estudantes, professores e demais profissionais da educação em todas as regiões de Minas.
Em vários estados do país, autoridades e gestores públicos e privados atuam na elaboração de projetos e preparam ações e medidas que possam conter e evitar tanta violência.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) solicitou a exclusão de 270 contas do Twitter que veiculavam hashtags relacionadas a ataques contra escolas de todo o país. A informação foi divulgada nesse domingo (9) pela pasta. Hashtags são palavras-chave ou termos associados a uma informação ou discussão que se deseja indexar de forma explícita em aplicativos, como Twitter e Facebook, antecedidos pelo símbolo cerquilha (#).
Segundo informou o ministério, por meio de sua assessoria de imprensa, tanto conteúdos como autores estão sob investigação. Foram cumpridos também mandados de busca, resultando na apreensão de sete armas. Um suspeito foi preso. Foi solicitada ainda que a plataforma Tik Tok retire do ar duas contas que estavam transmitindo conteúdo que incitava medo nas famílias. O trabalho foi realizado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Os participantes da Operação Escola Segura identificaram mais de 80 perfis que tiveram seus links removidos, face à violação de política da plataforma. O conteúdo desses links foi preservado a pedido do Ministério da Justiça para que seja possível avançar nas investigações. Foram realizadas diversas ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas em todo o Brasil, entre as quais a busca por perfis nas redes sociais com postagens relacionadas a crimes contra a vida e discursos de ódio.
Delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras também monitoraram ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques. Os dados estão sendo analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do ministério, que se dedicará exclusivamente a esse trabalho nos próximos dias, em regime de plantão 24 horas. Qualquer cidadão poderá denunciar ameaças ligadas à segurança de escolas e alunos no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.