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Cientistas do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) anunciaram a descoberta de duas novas espécies de libélula, encontradas no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, localizado na divisa de Minas Gerais e Bahia.

A primeira faz parte do gênero Argia e por isso ganhou o nome de Argia Sertaneja, em homenagem ao sertão brasileiro. A segunda, do gênero Minagrion, foi batizada de Minagrion Vereda, em homenagem ao parque, considerado uma das principais unidades de conservação do Cerrado.

Os insetos foram coletados entre 2022 e 2023, durante projetos de pesquisa que duraram 18 meses, envolvendo trabalhos de campo e comparações de exemplares. Os artigos que descreveram as descobertas foram publicados na revista Zootaxa.

“A gente faz uma busca ativa com o pulsar, que é essa rede entomológica, e a gente vai pro campo, pra beirada do rio, do brejo, no interior da mata, em áreas abertas. Às vezes uma que está no campo, não é a mesma que está na mata”, diz Marcos Magalhães, um dos coordenadores da pesquisa.

As libélulas são importantes para o ecossistema porque são reguladoras de outros insetos, como o Aedes aegypti, por exemplo.

No entanto, Marcos explica que esse hábito de predar mosquitos não torna a soltura de libélulas uma opção viável para o controle do Aedes. Elas somente são parte de um ecossistema que garante certo controle do transmissor de doenças.

“Como predadoras generalistas, as libélulas comem quase tudo que vier pela frente e que elas conseguirem predar. Então, ela não é eficiente pra controle de Aedes. Ela até come, mas isso não garante um controle efetivo”, comenta.

Os pesquisadores ainda não conseguiram avaliar o estado de conservação das duas espécies e um dos motivos é de amostragem do Cerrado para entender a distribuição de cada inseto.

Informações G1

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