A série de ocorrências tem aumentado de maneira assustadora o número de internações de pedestres por atropelamento em Minas Gerais, chegando a uma alta de quase 12% no comparativo com o primeiro semestre de 2022, conforme levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Especialistas em segurança no trânsito sinalizam erros de pedestres, motoristas e de sinalização das vias. Eles também defendem que, além de fiscalização, o poder público deve investir em educação no trânsito.
Os dois elos dessa cadeia (motorista e pedestre) dividem a responsabilidade pelos acidentes, especialmente no caso de atropelamentos, e ainda há um somatório de imprudência e impaciência no trânsito. “São fatores determinantes para que esses acidentes aconteçam, seja no desrespeito às normas de trânsito, avanço de sinal, falhas de atenção ao conduzir e atravessar as ruas. Historicamente, os acidentes de trânsito respondem por uma ocupação de 60% dos leitos de UTI e 50% das cirurgias do SUS. É um número bem alto”, alerta Alysson Coimbra, médico especialista em medicina do tráfego e diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra).