Três meses depois da primeira morte confirmada no Brasil, o novo coronavírus já superou, só em Minas, os óbitos por dengue, chikungunya e zika dos últimos quatro anos. As três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti mataram 242 pessoas, de 2017 a maio deste ano. Já a Covid-19, tirou a vida de 475 mineiros até o momento.
Facilidade de transmissão, urgência de internações em muitos casos e falta de imunidade da população ajudam a explicar a letalidade maior da doença surgida na China. Além disso, são necessários mais estudos e protocolos para lidar com a infecção. Os especialistas garantem que só uma vacina poderá oferecer a total proteção.
Porém, mesmo com a letalidade menor das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes, a população não pode baixar a guarda. O alerta é do coordenador do programa de pós-graduação em Infectologia e Medicina Tropical da UFMG, Manoel Otávio da Costa Rocha, que é referência nacional no combate à dengue.
“A vigilância epidemiológica é algo permanente. Temos que monitorar todas as infecções, não só as que estão aparecendo agora, mas as que têm potencial de surgimento”, diz.