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Em alta na cena mundial, o cinema brasileiro tem conquistado novamente seu público e ainda o expandido. Confiante desse novo momento, o Cine Vida, programa gratuito de oficinas de cinema que há uma década promove cursos voltados à sétima arte, lança este mês o Cine Vida Vertentes. É a primeira vez que o projeto amplia sua atuação para além da capital mineira. Serão 80 horas de curso com professores conceituados do mercado audiovisual e, ao final, o programa será concluído com uma mostra. Os interessados em participar da seleção podem se inscrever por meio do link até o dia 24 de março. As aulas presenciais serão nas cidades de Tiradentes e São João Del Rei, e terão início no dia 31 do mesmo mês.

O idealizador e fundador do programa, Leandro Wenceslau, segue à frente do Cine Vida e fala da gratificação por disseminar o projeto e o cinema também para outros destinos mineiros. “É uma grande alegria poder levar esse projeto que é tão caro a mim e aos outros organizadores para diferentes cidades mineiras, ainda mais às cidades históricas que, na suas bases, já carregam a essência cultural de todo um povo”, declara o cineasta.

A produção executiva local está a cargo da antropóloga e produtora cultural Renata Santos. “O objetivo é que o Cine Vida Vertentes seja uma porta de entrada para que as pessoas admiradoras do cinema possam construir um olhar mais curioso e relevante, por meio do audiovisual. Afinal, pensar a arte a partir das nossas próprias histórias e da nossa cultura é, de fato, uma oportunidade profunda de vida mesmo, é onde falamos de nós e por nós”, afirma a produtora-executiva.

Ela conta que outra novidade desta edição é a produção de documentários por parte dos alunos e alunas. “Entre os mais de 40 vídeos produzidos, cerca de 90% são conteúdos de ficção. Por isso pensamos que era o momento de inovar também nesse aspecto e, embora os vídeos de histórias fictícias sejam não apenas interessantes, como também relevantes, optamos por sugerir a produção de documentários, sendo um por turma”, explica.

A participação de dois diretores locais é outro diferencial que vale destaque. Sâmia Rafaella, diretora de cinema há 15 anos e professora formada pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) estará à frente da turma de São João Del Rei. Enquanto isso, o grupo de Tiradentes terá o comando de Ugo Soares, diretor de cinema com 15 anos de experiência. Além deles, farão parte do corpo docente os professores: Olívia Lima, Patrick Azevedo, Pablo Quaglia e Michel Montadon. E os colaboradores Gioavana Scareli e Márcio Toledo, professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Ela explica ainda que será uma chance dos participantes do programa vivenciarem as cidades sob uma nova ótica. “Considero o cinema uma forma de expressão artística completa, uma vez que envolve muitas outras formas de arte, como pintura, fotografia, artes plásticas, música e moda, para citar alguns. Por isso costumo dizer que quem é ‘picado pelo bichinho do cinema’ não consegue mais abandoná-lo”, afirma Renata, com humor.

A história

Nascido em 2014, em Belo Horizonte, o projeto foi idealizado e fundado pelo cineasta Leandro Wenceslau. Desde o início a intenção foi ampliar o conhecimento e o interesse pelo cinema brasileiro. Na última década de trabalho, mais de 900 alunos fizeram parte do programa e cerca de 40 vídeos – entre curtas, longas e documentários – foram produzidos. Essa é a primeira vez que o evento é difundido para além da capital de Minas Gerais.

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