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Aproximando da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e São Paulo, o São Paulo começou a venda de ingressos com preços muito altos e o fato é que muita gente que queria ir, vai ficar de fora. Também no Rio de Janeiro serão os mesmos esquemas de preços altos, apesar do discurso da diretoria do time do São Paulo sobre ser um time mais popular e tudo mais.

Todo jogo decisivo ter o preço mais caro é normal. A questão aqui é o aumento abusivo no preço, que faz ter a torcida composta por uma porção menos participativa, que não entoa os cantos, que não sabe, e sim composta pelos torcedores que estão lá para tirar fotos e registrar a ida ao estádio. E em jogos desse tipo é importante a participação do torcedor de verdade, que apoia e veste a camisa, que transforma a atmosfera em digna de uma final.

Atualmente temos programas de sócio torcedor que não privilegiam a civilidade. Civilidade que em uma de suas definições significa “conjunto de formalidades, de palavras e atos que os cidadãos adotam entre si para demonstrar mútuo respeito e consideração”. O que vemos é uma postura gananciosa dos Clubes. E sempre vão ter uns 62 mil torcedores dispostos a pagar o valor que for, porque as torcidas brasileiras são numerosas.

Mais um capítulo da elitização do futebol brasileiro mostrando os dirigentes dos Clubes com nenhuma preocupação com o torcedor que não tem condições, exceto quando o time está em crise ou com risco de rebaixamento… aí tem ingresso em promoção, mais barato, e toda uma mobilização, porque o torcedor que tem condições financeiras, nessa hora não aparece interessado em adquirir ingresso.

A porção de torcedores sem condições de acesso ao estádio que veja na TV, enquanto tiver futebol na tv aberta, porque a tendência é cada vez mais o futebol em streaming e na tv fechada.

É assim que funciona: excluir os excluídos, até no futebol.

Lamentável.

por Ana Roberta

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