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Abrir uma cerveja, acender um cigarro, comer um docinho são alguns dos hábitos que ficaram mais frequentes na rotina dos brasileiros como forma de relaxamento diante do cenário de pandemia desde meados de março. O isolamento social afastou as pessoas, mas estreitou a relação de cerca de 18% da população com o álcool, que agora tem consumo quase diário durante a quarentena. O dado é resultado do projeto “ConVid – Pesquisa de Comportamento”, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a UFMG e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O estudo da Fiocruz entrevistou, entre 24 de abril a 8 de maio, 44.062 pessoas de idades variadas. O maior aumento (26%) no uso de bebidas alcoólicas ocorreu entre as pessoas de 30 a 39 anos de idade, e o menor (11%), entre os idosos.

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Doces

Outro dado revelado pelo estudo aponta o aumento no consumo de alimentos menos saudáveis durante a pandemia, especialmente os doces. O percentual de consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana aumentou 5%, para os embutidos e hambúrgueres; 4% para os congelados; e 6% para os chocolates e doces.

A maior diminuição na alimentação saudável ocorreu no consumo de verduras/legumes em cinco dias ou mais por semana. Antes, 37% das pessoas comiam frutas e verduras regularmente, e esse índice passou a ser de 33% após o começo da pandemia. O consumo de frutas, legumes e verduras em cinco dias ou mais por semana foi de apenas 13% entre os adultos jovens (18-29 anos); e na população de baixa renda, de 16%.

Ainda conforme o estudo, quase metade das mulheres está comendo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana durante a pandemia, representando um aumento de 7% em relação ao consumo antes da quarentena. Entre os adultos jovens, na faixa etária de 18 a 29 anos, 63% estão consumindo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana.

Atividade física

Além da alimentação nada balanceada, a falta de atividades físicas é outro fator que vem se elevando entre os isolados pela pandemia. O estudo apontou que 62% deles não estão praticando exercícios. Entre as pessoas que faziam atividade física de três a quatro dias por semana, 46% deixaram de praticar; e entre as que se exercitavam cinco dias ou mais por semana, 33% deixaram de fazê-lo durante a pandemia.

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