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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nessa terça-feira (31), que recomenda a manutenção das medidas de restrição de convívio social em Minas até o próximo dia 13 como forma de contenção ao avanço do coronavírus. Nessa data, o cenário de isolamento será novamente analisado e, portanto, poderá ser prorrogado ou interrompido. Enquanto isso, o Governo de Minas estuda, nesta semana, alternativas para a reabertura de empresas de setores estratégicos. Nesta quarta (1), Minas registrou a terceira morte causada pela Covid-19.

A posição oficial do Estado foi dada ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que entende que o fim do isolamento implicaria no esgotamento da capacidade do sistema de saúde. No último domingo (29), o órgão encaminhou um ofício ao governo solicitando, em até 24 horas, a disponibilização de informações sobre eventuais mudanças que flexibilizassem as medidas propostas pelo Estado para a restrição do convívio social.

A preocupação do MPMG veio após a declaração do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), dada na última sexta-feira (27), de que a reabertura de alguns segmentos comerciais, em algumas regiões do Estado, seria alvo de estudo já que ela poderia amenizar os impactos sociais causados pelo isolamento, que é defendido em todo o mundo por autoridades de saúde como método mais eficaz para controle do crescimento de casos da Covid-19.

Ainda não se sabe se o governo pretende reabrir alguns setores antes mesmo de 13 de abril, caso o resultado do estudo de reativação – que é executado nesta semana – seja concluído pelos próximos dias. A questão foi feita ao Estado e o Barroso em Dia aguarda retorno.

Flexibilizar exige cautela

Ao cobrar explicações ao secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, os promotores da área de saúde do MPMG afirmaram que a flexibilização das regras de restrição do convívio social merece redobrada cautela no momento atual.

Entre os motivos citados pelo órgão, estão “a subnotificação de casos confirmados, que é decorrente, entre outros fatores, do uso restrito dos testes para Covid-19 para pacientes graves e profissionais de saúde, assim como das limitações de capacidade do laboratório da Funed para processar todos os exames encaminhados, o que tem gerado grande represamento”.

O ofício foi assinado pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Luciano Moreira, pela promotora de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte, Josely Pontes e pelos coordenadores regionais Nélio Costa Dutra Júnior (Macro Centro), Rodrigo Ferreira de Barros (Macro Sudeste), Marcus Vinícius Lamas Moreira (Macro Oeste), Cláudia Freddo Marques Carvalho (Macro Triângulo Sul), Fernando Ribeiro Magalhães Cruz (Sul), Lucas Dias Pereira Pereira Nunes (Nordeste) e Leandro Pereira Barboza (Norte). 

A reportagem solicitou ao Governo de Minas acesso à resposta completa dada ao Ministério Público e aguarda retorno.

Informações Hoje em Dia

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