A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) incluiu quatro pessoas na lista de vítimas com suspeita de síndrome nefroneural devida à intoxicação por dietilenoglicol. Dessas, duas morreram em 2019, aumentando, então, para 42 o número de pessoas em investigação.
Ao todo, nove pacientes vieram a óbito, provavelmente por causa da doença. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em apenas uma delas foi confirmada a presença da subtância no sangue.
Todas elas se enquadraram no pré-requisito de terem consumido alguma bebida da Cervejaria Backer, com sede em Belo Horizonte.
Uma dessas duas vítimas incluídas no inquérito morreu no dia 24 de abril do ano passado, e a outra, no dia 17 de agosto, também de 2019, de acordo com a PCMG.
Investigação
Está prevista para esta sexta-feira (13) mais uma perícia na sede da empresa, que fica no bairro Olhos D’Água, na região do Barreiro. Os trabalhos giram em torno da análise dos tanques onde eram produzidas as cervejas.
“Ainda não há previsão para o término dos trabalhos periciais no estabelecimento, mas a conclusão será feita o mais breve possível, focando sempre a qualidade técnica. Os peritos do Instituto de Criminalística contam com cooperação técnica do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Paralelamente, as perícias médicas nos pacientes sobreviventes estão em ritmo acelerado”, informou a PCMG.
Cerca de 60 pessoas já foram ouvidas na 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, localizada no bairro Estoril, na região Oeste de BH. Nessa quinta-feira (12) três vítimas e uma testemunha prestaram depoimentos no local.