Um grupo formado por seis estudantes desenvolveu um aplicativo para auxiliar pessoas com deficiência auditiva em São João del Rei. O projeto permite o acesso a informações em espaços públicos de cultura, como museus, igrejas e monumentos históricos.
A nova ferramenta foi criada pela equipe de robótica do Serviço Social da Indústria (SESI). O projeto da “ATombot”, nomeado de “Deaf Code”, é uma das 100 inovações tecnológicas selecionadas para participar do Torneio de Robótica FIRST LEGO League (FLL), que ocorre em São Paulo, no início de março.
Uma das estudantes autoras do projeto, Bárbara Neri, de 15 anos, revelou a ideia surgiu após uma visita ao museu da cidade. Ela contou que o grupo percebeu que no local não havia intérprete ou qualquer ferramenta para auxiliar os surdos.
“Na ocasião, notamos que não havia acessibilidade nenhuma para pessoas surdas, nem a presença de intérpretes”, declarou.
De acordo com o SESI, o “Deaf Code” foi produzido com base em conversas entre os alunos e os especialistas, que buscavam entender as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que têm deficiência auditiva.
A iniciativa é inédita no Brasil e foi desenvolvida a partir de muito trabalho e pesquisa.
O técnico dos alunos da equipe “ATombot”, Paulo de Tharso, afirmou que a iniciativa é inédita no país e revelou que o aplicativo pode ser utilizado por deficientes visuais e analfabetos.
“Neste tipo de projeto, desenvolvemos a parte técnica e a parte humana, trabalhando em ideias que beneficiem a sociedade”, completou.
Na edição 2020 do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios.
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