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O número de casos da epidemia de sarampo no país aumentou quase 40% da semana passada para esta semana. De acordo com o boletim epidemiológico, divulgado nessa quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde, os casos confirmados desde o início do surto da doença, no dia 2 de junho, eram 1.680 até a semana passada, e chegaram a 2.331 no balanço desta semana. Além de um homem de 42 anos, que morreu em decorrência da doença, a morte de uma criança menor de um ano está em investigação.

O boletim indica ainda que quase 11 mil pessoas estão com suspeita da doença e ainda aguardam os resultados de exames. O levantamento do Ministério da Saúde aponta que 26% dos casos suspeitos acabam sendo confirmados para sarampo. Se essa tendência se mantiver, o número de pessoas infectadas pode dobrar nos próximos dias.

Apesar disso, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira, avalia que os números devem parar de crescer em breve.

“A atualização dos dados toda semana é fundamental para que a gente consiga entender a tendência dessa transmissão. Tudo indica, baseado nas ações realizadas, que a gente está chegando em um período de estabilização”.

O ministério não considera necessário fazer campanha de vacinação, mas comprou quase 29 milhões de doses extras de vacina contra o sarampo.

A faixa etária mais vulnerável é de crianças menores de um ano. A cada 100 mil habitantes nessa idade, 45 estão infectados. Em seguida, vem as crianças de 1 a 4 anos de idade, com incidência de sarampo em 12 a cada 100 mil habitantes.

O sarampo é uma doença transmitida pelo ar e pode se espalhar muito rápido. Uma pessoa infectada pode transmitir para até 18 pessoas.

Wanderson Oliveira destacou que esse surto da doença não tem relação com o registrado no ano passado no Norte do país.

“Amazonas, Pará e Roraima conseguiram interromper a cadeia de transmissão daquele surto. Então estamos falando de uma nova cadeia de transmissão. Os casos atuais de São Paulo são provenientes da Noruega e de Israel”.

Apesar de não ter uma campanha específica para a vacina tríplice viral, que previne contra o sarampo, ela deve ser incluída na campanha de multi-imunização que o Sistema Único de Saúde vai oferecer no mês de outubro. Após a morte do homem de 42 anos, o ministério planeja para o ano que vem vacinar adultos que não tenham se imunizado.

De acordo com o secretário Wanderson Oliveira, os laboratórios não têm estoque de vacina disponível e, por isso, tem sido difícil encontrar vacina contra sarampo até mesmo na rede particular.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO TEM INÍCIO NA PRÓXIMA SEGUNDA EM BARROSO

Na próxima segunda-feira, 2 de setembro, tem início, em Barroso, a campanha de vacinação contra o sarampo. Crianças com idade de 6 a 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas com a dose zero, que não substitui a dose do calendário nacional de vacinação. A dose será aplicada para evitar que o surto da doença chegue ao Estado. Até então, a proteção era disponibilizada somente para crianças a partir dos 12 meses.

Os pais devem levar seus filhos até a unidade básica de saúde mais próxima, levando o cartão de vacinação da criança. A campanha não tem data limite, mas as crianças devem ser vacinadas o quanto antes. A meta da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é imunizar 130 mil bebês em Minas.

Além da chamada “dose zero”, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose), para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

Com informações da Radioagência Nacional 

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