Após a repercussão da matéria publicada pelo Barros EM DIA (Clique aqui e leia) mostrando fotos e um vídeo de uma “fumaça/nuvem/poluição” pairando sobre a LafargeHolcim (LH) na madrugada dessa terça-feira (20), a multinacional enviou uma nota de esclarecimento a reportagem do jornal sobre o fato.
Segundo a cimenteira, a suposta fumaça branca tratava-se apenas de uma neblina/cerração decorrente do clima e não uma substância poluente.
Confira abaixo a nota na íntegra:
‘A LafargeHolcim informa que a neblina e/ou cerração visualizada na madrugada de quarta-feira (20/03) sobre a sua fábrica em Barroso foi resultado de evento climático e não ocasionada por qualquer vazamento ou problema no seu processo operacional. A LafargeHolcim reitera que orienta suas atividades pelo absoluto respeito à legislação brasileira, ao meio ambiente e às pessoas. A empresa informa ainda que mantém abertos diferentes canais de comunicação com a comunidade por meio do telefone (32) 3359-3200 (segunda a sexta, entre 8h às 17h) e pelo WhatsApp (32) 99912-2185′.
REVOLTA
Diversos barrosenses se manifestaram nas redes sociais alegando acreditarem que a empresa aproveita o período da madrugada para jogar no ar substâncias contaminantes. ” Vi essa cena domingo a noite vindo de Barbacena, a fumaça tava tão forte e tão nítida que parecia que a fábrica tava pegando fogo” disse um internauta.
Já outros enfatizaram a importância de uma atitude por parte do Poder Público e da população sobre o problema. “Infelizmente ninguém toma nenhuma providência com medo da empresa. Cadê as autoridades do município que não fazem nada? Enquanto isso os nossos familiares ficam respirando esse veneno” escreveu outro internauta.
A LafargeHolcim já vem recebendo críticas por parte dos barrosenses há um bom tempo, principalmente desde os últimos meses após o retorno da realização do coprocessamento no município. No último embate entre LH e população, o gerente de fábrica, Juliano Menezes, esteve na Câmara Municipal e falou sobre as licenças e formas que são usadas para a realização do coprocessamento.
Infelizmente, quando se trata de grandes multinacionais, as mesmas sempre respondem desta forma, ou seja, que estão amparadas com laudos de órgãos ambientais. Tamanha hipocrisia, pois, a Empresa “Vale” sempre alegou também em suas defesas estar amparada por laudos de técnicos, engenheiros e/ou órgãos ambientais, mas o que se viu, é que os mesmos são “dados” sob pressão ou mesmo ameaças, ou até mediante oferecimento de “propinas”. E, o resultado, a tragédia anunciada, conforme o rompimento da barragem sobre as redondezas da cidade de Brumadinho. Aqui não é diferente, porém, não estamos sob ameaças de barragens, mas a poluição, que atinge 100% da população barrosense e região, através da emissão de gases tóxicos. E quando são questionados, alegam a mesma coisa, estão amparados com as devidas licenças e laudos técnicos. Mas os efeitos são outros, e são vistos e sentidos por todos nós. Precisamos agir, e agir juntos. Essa é a minha opinião.
Com certeza é poluição, o cheiro é insuportável, a poeira preta resultante de queima de carvão e outras porcarias é notado quando se limpa casas, sobre qualquer cadeira ou mesa que fica exposta em área ao ar livre. Na verdade é lavagem e não Lafarge…