Em busca do Ouro, da riqueza, de dias melhores, desbravadores percorriam entre as Vilas, o Caminho de Baixo, o Vale em direção a Caveira e margeavam a Serra de São José. Passavam eles também pela Ponta do Morro onde avistavam o entrocamento entre o Arraial da Borda do Campo, a Ressaca e o Arraial de Calandhay.
Numa dessas, um Alferes com sobrenome Barroso, oferecia “pouso”. E eles pousavam. Descansavam, apreciavam a paisagem típica da nossas Minas Gerais e seguiam em busca do Ouro. Sempre por este caminho, um caminho que apertando o F5 nos torna familiar:
Em busca do Ouro, de dias melhores, desbravadores percorriam entre São João del Rei, Tiradentes, Dores e margeavam Prados. Passavam também por São Sebastião de Campinas e avistavam o entrocamento entre Barbacena, a Ressaquinha e Carandaí. Uma região que mudou, aperfeiçoou e/ou estragou nomes e codinomes.
Região da nossa Barroso, que em um passado distante ainda oferecia, mesmo que apenas, o pouso.
E hoje, o que oferece?
Nossa Barroso, aquela do Antônio, remota do século 18, perdida entre as riquezas vizinhas, ainda oferece o pouso de outrora, a receptividade do Alferes ainda reside no interior de cada um de nós barrosenses. Nunca enterramos o afago ou sucumbimos e deixamos de conjugar o verbo acolher.
Mas é pouco, muito pouco! Continuamos, séculos depois, sendo passagem dos desbravadores que percorreram entre a polivalente Barbacena e a histórica São João dos Reis.
Que o “pouso” de ontem, seja no nosso Distrito de hoje. Que neste caminho, em busca da mesma riqueza de outrora, industrias e empresários se alojem por aqui. Abrimos as portas e torcemos para que o gesto de Joaquim se repita, agora no século XXI.
Apesar de acolhedores, estamos triste nestes 65 de emancipação e nestes mais de 300 e tantos anos de história. Que o Distrito Industrial abra, como todos os barrosenses abrem, as portas do coração e recebam, de fato, investidores que podem nos tirar da trilha que leva a riqueza e nos transformar no Ouro que tantos procuravam por aqui.
por Bruno Ferreira
Parabéns pelo texto que incorpora o Distrito Industrial à nossa história.