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“Bandido bom é bandido morto”. Essa frase polêmica voltou com força às discussões após a segurança pública tomar um grande espaço no debate político. Aqui, em Minas, a população está bem dividida sobre essa afirmação, que vai de encontro à Declaração Universal dos Direito Humanos. A terceira edição da pesquisa Minas no Brasil de 2018 mostra que a maioria dos mineiros rejeita a execução de criminosos, mas com uma margem bem pequena em relação aos que concordam com a afirmativa.

O levantamento realizado pelo Grupo Mercadológica em parceria com o jornal O TEMPO mostra que 51,9% dos entrevistados discordam da frase “bandido bom é bandido morto”. Por outro lado, 28,9% concordam com a execução de quem tenha cometido crimes hediondos e 19,2% defendem a máxima para qualquer transgressão. Vale ressaltar que são considerados hediondos latrocínio, que é o roubo seguido de morte, homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, estupro, favorecimento de prostituição infantil e falsificação de medicamentos.

Especialista em segurança pública, o ex-policial militar Jorge Tassi afirma que é preocupante que um percentual alto defenda a política de execução de criminosos. “‘Bandido bom é bandido morto’ é um tremendo absurdo. Violência não se paga com violência, e esse processo só vai aumentar o número de vítimas dos dois lados. Existe uma subcultura na sociedade que defende essa ideia de que matar bandidos vai resolver o problema, mas efetivamente o que nós vamos ter é mais policiais mortos e mais vítimas inocentes, que não são nem policiais, nem bandidos”, afirma.

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