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Diversão, conhecimento e histórias, do início ao fim, nos trilhos de dois estados do Sudeste brasileiro. Dentro de 40 dias, deverá apitar pela primeira vez o turístico Trem Rio-Minas, numa viagem-teste entre Cataguases na Zona da Mata, e Três Rios, no lado fluminense. A expectativa é de que, no segundo semestre, o novo transporte comece a operar em definitivo, adianta o presidente da organização não-governamental (ONG) Amigos do Trem, Paulo Henrique do Nascimento: “Será o primeiro trem turístico interestadual do país”, afirma o morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que se declara “um apaixonado pelo transporte ferroviário”.

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Passando por estações de oito municípios, a maioria em Minas, o trem percorrerá futuramente 160 quilômetros, num trajeto de três horas, nos fins de semana e feriados. No roteiro, Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande e Além Paraíba, na Zona da Mata, Sapucaia (RJ), Chiador (MG) e Três Rios (RJ) – enquanto uma composição fizer o trecho Três Rios-Cataguases, a outra vai operar no sentido inverso, ambas com partidas programadas para a parte da manhã e encontro no meio do caminho. Trata-se do antigo ramal ferroviário Leopoldina e todos os 15 vagões, que pertenceram à Vale para a rota Belo Horizonte-Vitória (ES), estão sendo restaurados na oficina de trens em Recreio.

 

De Recreio, onde supervisiona a recuperação dos vagões, com mais de 20 pessoas trabalhando, Paulo Henrique conta que o investimento no projeto deve chegar a R$ 1 milhão, totalmente privado, contando com apoio da Ferrovia Centro-Atlântica, que cedeu o trecho ferroviário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com a oferta de locomotivas e equipamentos, e o Sebrae Minas, responsável por um plano de negócios para a região. Os vagões foram adquiridos da Vale, no valor de R$ 603 mil, pelo grupo de supermercados Bramil, de Três Rios, que fez a doação para a ONG Amigos do Trem.

Na viagem de ida e volta, as composições poderão transportar 858 passageiros, que terão à disposição vagão-restaurante, lanchonete, um para eventos e acessibilidade para deficientes. Os vagões que operavam no trecho BH-Vitória, pela Vale, foram usados até 2015. “Fabricados na Romênia, tinham a África como destino certo, mas acabaram sendo adquiridos especificamente para o nosso trajeto”, conta Paulo Henrique. Com a recuperação em andamento, a equipe da Trem de Minas está em busca de parceiros interessados em divulgar no trem, por meio de anúncios plotados. Os contatos poderão ser via página no Facebook ou pelo telefone (032) 99961-1463.

 

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