Um homem de 42 anos foi preso nesta sexta-feira (16) em Santos Dumont, como o suspeito de ter estuprado e assassinado uma adolescente de 16 anos, em dezembro de 2017.
A expectativa do delegado Cléber Faria Silva é indiciá-lo pelos crimes de homicídio e estupro no inquérito que deve ser remetido para a Justiça até a próxima semana. Depois dos exames de corpo de delito, o homem será encaminhado para o presídio da cidade.
A garota desapareceu ao sair da casa do pai no dia 21 de dezembro. O corpo dela foi encontrado uma semana depois, em uma ribanceira localizada na região do Japão, zona rural de Oliveira Fortes.
Desde o desaparecimento, o caso é investigado pela equipe da 5ª Delegacia de Polícia Civil. Silva explicou que vários indícios apontaram o envolvimento do homem.
“Nós levantamos imagens de câmeras de seguranças de imóveis no trajeto da vítima. Uma delas mostra a garota passando pela rua após sair da casa do pai e o carro do suspeito passando logo em seguida. Uma testemunha disse, em depoimento, que a última vez que a adolescente foi vista com vida estava dentro do carro”, destacou.
Ainda segundo o delegado, o homem trabalhava como pintor de letreiros e conhecia a família da vítima. Em depoimento, ele alegou que teve um relacionamento com a adolescente, mas que não a matou.
“Por conta do trabalho dele, conhecia os pais dela. Ele alega que os dois tiveram uma relação sexual 20 dias antes de ela desaparecer. E que no dia 21 de dezembro, ele a encontrou quando chegava em casa, eles entraram, conversaram e tiveram uma relação sexual. Depois ela pediu para ser levada para outro bairro onde ele a deixou sozinha antes de ir para o distrito de Correia de Almeida, em Barbacena”, disse.
Cléber Faria Silva disse também que o depoimento não condiz com toda a apuração da investigação, que também incluiu quebra de sigilo telefônico do suspeito.
“Ele confessa que ela esteve no carro dele e que os dois tiveram uma relação. Nega que a tenha matado. No entanto, não é condizente com os nossos levantamentos. Os indícios são de que a relação sexual foi forçada e não consensual como ele alega. Tudo indica que foi um caso de estupro seguido de morte, crimes pelos quais ele deve responder”, destacou.
Além das evidências da autoria do crime, o delegado explicou que fundamentou o pedido de prisão preventiva do suspeito após denúncia de agressão e de uma família de outra adolescente.
“No decorrer das investigações, ele se sentiu acuado e agrediu uma testemunha. Além disso, nós atendemos a uma família que o denunciou por estar perseguindo a filha. Ele tem uma personalidade violenta e age de forma intimidatória. A Justiça acatou nosso pedido e ele ficará preso por tempo indeterminado”, afirmou Silva.
A Justiça decretou o pedido de prisão preventiva nesta quinta (15) e os mandados de prisão e também de busca e apreensão do carro dele foram cumpridos nesta manhã. “Vamos solicitar perícia no veículo e remeter o laudo à Justiça como complemento de provas do processo assim que o recebermos”, esclareceu o delegado.
Informações G1