Até agora cerca de mil funcionários foram demitidos pela Mendes Júnior, empresa responsável pelas obras de expansão da Holcim. Este é o saldo dos incêndios nos últimos dias.
Essa e outras informações foram repassadas a sociedade na reunião do Conselho Municipal da Expansão, realizada no plenário da Câmara Municipal na noite dessa segunda-feira (11). Segundo os responsáveis da empresa que estavam presentes, muita das demissões está ligada aos atos cometidos nos últimos dias e que deixou a cidade em alerta.
Na oportunidade os responsáveis pela empresa também deram detalhes sob os acontecidos. Entre as colocações, eles confirmaram a informação que o jornal Barroso EM DIA havia publicado com exclusividade na última edição, ou seja, cerca de 100 funcionários foram demitidos um dia após o fim da greve, no dia 31 de outubro e parte deles conseguiram se infiltrar no alojamento, quando começaram com as ondas de incêndio.
Em detalhes, foram reproduzidas em vídeo as ações que a empresa presta aos funcionários assim como números relativos ao alojamento. Eram 23 módulos com quatro pessoas por quarto, com área de lazer e diversas atividades. Ao todo oito foram destruídos. Com relação ao alojamento, a empresa também se manifestou que apenas 10% continuará funcionando. A empresa trabalhará diferente do que foi planejado inicialmente. Muitos dos funcionários que serão contratados ficarão em cidades vizinhas como Barbacena, São João del Rei e até Carandaí. Dessa forma, a maioria dos funcionários não ficará mais em Barroso, principalmente no alojamento, que funcionará apenas com 10% da sua capacidade. A Mendes já faz novas contratações.
Questionado pelos presentes os funcionários da Mendes falaram sobre as contratações e do salário que são pagos aos contratados. “Quando ligamos para contratar as pessoas, informamos a elas os salários e todos os benefícios antes delas se deslocarem para Barroso”, trecho do texto que consta em ata do Presidente do Conselho Alexandre Júnior Teixeira, ex-vereador. Sobre os salários os mesmos informaram que foi feito um estudo na região sobre o salário base antes de determinarem seus valores.
Quem também estava presente na reunião e falou a população barrosense foi o gerente de fábrica da Holcim João Butkus. “A Holcim lamenta muito tudo isso que está acontecendo. Mas graças a Deus não tivemos nenhuma vítima e o que fizemos foi trabalhar junto a Mendes e o Poder Executivo para tentar solucionar o problema na ocasião. Tivemos apenas danos materiais e agradecemos a Deus que nada demais aconteceu”, diz o gerente. Segundo Butkus a Holcim continua monitorando o andamento da obra junto a política interna da empresa. “Estamos trabalhando forte junto a direção da Mendes Júnior para que eles consigam cumprir os prazos estipulados para entregarem o projeto nas datas estipuladas. Obviamente que com essa terceira greve teremos um pequeno atraso na entrega da obra. Dessa forma, teremos uma obra concluída com tudo o que está acontecendo para o primeiro trimestre de 2015, ou seja, de um a três meses de atraso”, explica.




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