Após várias tentativas, o plenário da Câmara rejeitou na noite desta terça-feira (19), por 238 a 205 votos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mudaria o atual sistema eleitoral para o Distritão, no qual seriam eleitos os que obtivessem mais votos, independentemente de alianças partidárias, favorecendo os políticos mais conhecidos. Por ser PEC, eram necessários votos favoráveis de dois terços dos deputados, ou seja: 308.
No caso dos vereadores, mesmo sistema adotado aos deputados, o exemplo mais forte foi da então vereadora Wanderléia Napoleão (PPS), que teve mais de mil e 200 votos e acabou “puxando” o segundo mais votado no partido.
Majoritários em Barroso
Como sempre faz em votações importantes, a reportagem do Barroso EM DIA, levantou como votaram os deputados eleitos que foram votados no Município, como forma de mostrar a posição dos seus representantes aos barrosenses. Veja a lista abaixo:
SIM (FAVOR DISTRITÃO)
Luiz Fernando (PP) – 4.924 votos.
Bonifácio Andrada (PSDB) -1.164 votos.
Eduardo Barbosa (PSDB) – 761 votos
Domingos Sávio (PSDB) – 181 votos.
Mário Heringer (PDT) – 111 votos
George Hilton (PRB) – 73 votos.
Marcus Pestana (PSDB) – 72 votos.
Leonardo Quintão (PMDB) – 38 votos.
Stefano Aguiar (PSB) – 31 votos.
Raquel Muniz (PSC) – 23 votos.
Dimas Fabiano (PP) – 18 votos.
Rodrigo de Castro (PSDB) – 14 votos
Misael Varela (DEM) – 14 votos.
NÃO (CONTRA DISTRITÃO)
Reginaldo Lopes (PT) – 957 votos.
Eros Biondini (PROS) – 174 votos.
Padre João (PT) – 155 votos.
Júlio Delgado (PSB) – 71 votos.
Subtenente Gonzaga (PDT) – 53 votos.
Dâmina Pereira (PMN) – 27 votos.
Rodrigo Pacheco (PMDB) – 22 votos.
Aelton Freitas (PR) – 22 votos.
Lincoln Portela (PRB) – 20 votos.
Jô Moraes (PC do B) – 16 votos.
Marcelo Aro (PHS) – 14 votos.
Patrus Ananias (PT) – 13 votos.
Gabriel Guimarães (PT) – 12 votos.
ANÁLISE
O cientista político barrosense e colunista do Barroso EM DIA, Antônio Claret, avalia como positiva a decisão da Câmara dos Deputados. “A reprovação do Distritão foi um alívio, pois o modelo era rejeitado por todos os especialistas em Ciência Política. Caso entrasse em vigor, o modelo iria reduzir muito a quantidade de candidatos a deputados (federais e estaduais) e aumentar bastante os custos da campanha. O resultado seria a preservação do Congresso e da Assembleia tal como estão, apesar de toda a rejeição dos políticos. Sem o Distritão, há chances maiores de termos mais candidatos e, com mais opções, elegermos melhores representantes”.