Nesta quinta-feira (15), um dos maiores jogadores do cruzeiro, de Belo Horizonte, estará em Barbacena para o lançamento de sua biografia. Escrito por Pedro Blank, o livro “A Real História de Dirceu Lopes, O Príncipe” será lançado às 17h, no Mini Mall – Jardim Luz, no centro da cidade. O evento é aberto ao público, com autógrafos e comercialização do livro.
A obra esmiúça episódios para lá de conhecidos do público, como o dia em que Garrincha foi ao hotel onde o Cruzeiro estava hospedado e pediu para falar com o melhor jogador do mundo. O Anjo das Pernas Tortas se referia a Dirceu Lopes.
Ao lado de Tostão ele foi o mais destacado jogador de uma das maiores formações de todos os tempos do Brasil, o Cruzeiro com Tostão, Piazza, Raul, Zé Carlos, Evaldo e outros, na segunda metade da década de 1960 e início da década de 1970.
Todos eram jovens jogadores desconhecidos e assombraram o mundo na final da Taça Brasil de 1966 quando enfrentaram o poderoso e imbatível Santos (bi-campeão do mundo) no auge do time de Pelé e o derrotaram por 6 x 2 no Mineirão e depois por 3 x 2 na Vila Belmiro, sagrando o Cruzeiro campeão do torneio nacional.
Dirceu Lopes colecionou títulos, gols e premiações em sua trajetória como: campeão mineiro juvenil em 1964; pentacampeão mineiro 1965-1969; campeão da Taça Brasil em 1966; campeão da Copa Rio Branco pela seleção brasileira em 1967; tetracampeão mineiro 1972-1975; vice-campeão brasileiro em 1974 e 1975; eleito o melhor meia dos campeonatos brasileiros de 1970, 1971 e 1973.
Com Saldanha no comando da seleção canarinho, Dirceu Lopes era nome certo para a Copa do Mundo de 1970 no México, mas foi cortado pelo então novo técnico Mário Zagallo, que alegou já haver “muitos jogadores para a sua posição” no escrete.
Com seu 1,62 m, o Baixinho foi titular absoluto nos 12 anos em que atuou pelo Cruzeiro. Habilidoso e veloz, sua maior característica era arrancar pelo meio de campo com a bola dominada até a área adversária, vencendo seus marcadores com dribles desconcertantes. Tais lances desarrumavam as defesas adversárias e abriam espaços para os companheiros de ataque ou então para si próprio, pois chutava muito bem, colocado, com força e precisão.
A presença de Dirceu Lopes em campo era garantia de bom espetáculo e belos gols. Junto com Tostão, formou uma das maiores duplas ofensivas do mundo, comparável a Pelé e Coutinho, no Santos e Gerson e Jairzinho, no Botafogo.
Informações Barbacena Online