Dia 12 de dezembro é uma festa dupla na cidade. Além de comemorado o aniversário de emancipação político-administrativa de Barroso, é celebrado também nesta segunda-feira os 121 anos da Banda Municipal.
A Banda da qual se originou a Banda Municipal começou a existir em 1895, com patrocínio do fazendeiro e líder político Joaquim de Souza Meireles. Foram seus filhos e parentes os primeiros componentes do conjunto. O organizador e primeiro regente da banda foi Antônio Francisco Mourão, natural de Lagoa Dourada. Mais tarde, foi Artur Napoleão de Souza, filho de Joaquim de Souza, quem assumiu e permaneceu na regência por 50 anos.
A princípio, foi denominada Corporação Musical Barrosense, depois Banda de Sant’Ana e por fim Sociedade Musical Barrosense. Foi nessa época, em 1970, que começou a construção da sede da Banda, na Rua Joaquim Ferreira. Com pouco dinheiro para financiar o projeto, a doação da obra à Prefeitura foi a solução. Então, a partir de 1971, ocorre a nomeação de Banda Municipal de Barroso.
O edifício construído para sede da Banda foi cedido em 1976 para a Câmara de Barroso. A Banda Municipal foi transferida então para uma sala da Rodoviária, onde permanece até hoje. As informações estão contidas nas páginas 74 e 75 do livro “Barroso, Subsídios para a História do Município”, escrito por Geraldo Napoleão de Souza, que finaliza a história da Banda falando sobre a sala para onde foi transferida. “O local é confortável, mas impróprio para a finalidade. O barulho dos ônibus perturba os estudos e os ensaios de música. Por outro lado, os passageiros dos coletivos ficam intrigados com a existência de uma sede musical na Rodoviária. É esquisito, mas uma realidade”.
História de Barroso
A Emancipação Político Administrativa de Barroso foi concretizada em 1953, há 63 anos, sancionada por Juscelino Kubitschek, então governador do Estado de Minas Gerais.
Segundo o historiador Wellington Tibério, a referência mais antiga à Fazenda do Barroso é de 1715 quando Antônio da Costa Nogueira, procedente de Vermoim em Portugal, aqui se estabeleceu. Dentre os povoadores da região, seu nome se destaca. Foi responsável pela construção de uma capela dedicada a Senhora Sant’Ana. A localização da fazenda e da antiga capela era nas imediações da “Rua da Mina”, conhecida por muito tempo como “Barroso Velho”.
Ainda de acordo com Tibério, depois de, como distrito, Barroso ter integrado os municípios de Barbacena, seguido por Prados, Tiradentes e por fim Dores de Campos, a primeira tentativa de emancipação ocorreu em 1948. Contudo, somente em 1953, após a aprovação da Lei Estadual 1.039, de 12 de dezembro, o distrito transformava-se em município autônomo. “Barroso” foi denominação escolhida numa alusão à histórica fazenda do Barroso. A cidade, instalada em 1º de janeiro de 1954, foi administrada pelo intendente Salomão Barroso e, em 1955, o presidente da comissão de emancipação, Geraldo Napoleão de Souza, se tornaria o primeiro prefeito eleito do novo município.
De acordo com levantamentos realizados pelo historiador, quando a lei que emancipava o distrito, em 12 de dezembro de 1953, foi aprovada, Barroso tinha 28 ruas e cinco praças, cerca de 630 casas e uma população de 2 mil e 853 habitantes.