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A bancada de situação da Câmara Municipal de Barroso, encabeçada pelo vereador Hélio Campos (PP), deu entrada e aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei Substitutivo ao Projeto de Lei 24, de 9 de setembro de 2016, no qual fica o Distrito Industrial denominado “Distrito Industrial Daniel Pantaleão Ferreira”. A aprovação no Legislativo aconteceu na Reunião Ordinária da segunda-feira (22) e visa homenagear, em memória, um o empresário.

daniel-pantaleaoNo próximo dia 9 de dezembro completam-se 20 anos da morte de Daniel Pantaleão. O empresário faleceu aos 55 anos de idade, vítima de um acidente automobilístico na BR-040, próximo a Pedro Leopoldo. Ele estava sozinho no seu veículo. “Barroso perdeu um realizador de sonhos. Aquele que, mesmo não sendo político, trabalhava diuturnamente para o progresso de nossa terra, garantindo emprego e o bem estar de nosso povo”, declara o irmão Vicente de Paula Ferreira, o ex-vereador Fadinho.

Como reconhecimento pelo seu trabalho em prol da comunidade, o Executivo nomeou uma das principais ruas da cidade como Rua Daniel Pantaleão Ferreira.

 

HISTÓRICO

Daniel Pantaleão Ferreira, filho do casal Amélia Alves Ladeira e Randolfo Ferreira da Silva, nasceu em Barroso em 27 de junho de 1941. De família tradicionalmente religiosa, o quarto de seis irmãos, cursou o primário no Grupo Francisco Antônio Pires e cresceu auxiliando seu pai no armazém de secos e molhados na Rua José Bonifácio.

daniel-pantaleao-2Com o falecimento do pai, a administração do armazém fica a cargo da sua mãe Amélia, conhecida também como Milica. Assim, Daniel passa a buscar novos horizontes e começa a trabalhar, por pouco tempo, na Cimento Barroso, de onde pede o desligamento precoce.

Seu espírito inquieto e de visão de futuro o leva a montar uma olaria e mais tarde uma caieira, onde compra seu primeiro caminhão, um Chevrolet 1956. Neste período, conhece a jovem Gina Bérgami, casa-se com ela, que passa a ser uma fiel idealizadora e incentivadora de seus sonhos. Uma união que gerou os filhos Leandro Pantaleão Ferreira e Leonardo Pantaleão Ferreira.

Com muito trabalho e dedicação, após muito sacrifício, compra a pedreira de Sílvio de Assunção, no Elvas, adquire caminhões, maquinários e monta uma empresa de mineração que se transformaria mais tarde na Mineração Barroso, hoje gerida com sucesso pelos filhos empresários.

De acordo com familiares, a maior prova de fé no futuro de nossa região e visão de progresso foi a coragem de disputar no Rio de Janeiro, do leilão pela pedreira da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN – tendo também como pretendente a Cimento Barroso.

Daniel vence a concorrência e adquire esta jazida de calcário, uma das maiores de nossa região. Esta pedreira foi um marco no desenvolvimento das indústrias Pantaleão. Cria-se o transporte, terraplanagem e moagem Pantaleão, que presta serviços e fornece matéria prima para todo o Brasil.

Assim, Daniel adquire a Fazenda do Barro, hoje Fazenda e Haras Pantaleão, onde sua família cria até hoje cavalos campolina e gados holandeses. O empresário também sempre foi um incentivador da Exposição Agropecuária de Barroso. Por muitos anos possui em seu Haras o “Campeão do Pantaleão”, que era sucesso garantido em todas as exposições em que era exibido, inclusive vencendo em Belo Horizonte a Exposição Nacional, tornando-se o campeão brasileiro da raça campolina pampa.

Por fim, em uma das suas últimas ações como empresário, Daniel adquire, pouco tempo antes de falecer, o Laticínio Freire e o transforma em Laticínio Barroso.

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