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Em reunião ordinária realizada na noite dessa segunda-feira (01), na Câmara Municipal de Barroso, a vereadora Wanderléia Napoleão (PPS), declarou que recebeu denuncias de cidadãos barrosenses que pagam uma taxa para a Prefeitura para visitarem seus parentes em clínicas de dependentes químicos.

Segundo a vereadora, as pessoas, foram mais de uma, procuraram ela para relatar a cobrança que estaria sendo efetuada pela Prefeitura Municipal de Barroso, através da Secretaria de Assistência Social.

“E mais, algumas pessoas me disseram que alguns pagam e outros não pagam a taxa para visitarem esses dependentes em recuperação. Uma dessas pessoas inclusive chegou a ir pelo ônibus de Dores de Campos, porque a Prefeitura de Dores não cobra essa taxa”, diz Deléia.

Ainda segundo a vereadora, essas pessoas se dispuseram a ir na Câmara ou na Promotoria Pública depor sobre o pagamento da tal taxa. Ouça a entrevista da vereadora sobre o caso clicando na imagem abaixo.


Já os vereadores Hélio Campos (PP) e Fernando Terra (PP), se disseram surpresos com as palavras da vereadora e declararam que irão atrás de repostas. “Já fui de Van nessas visitas e confesso que nunca ouvi falar dessa taxa, aliás, ninguém nunca me relatou nada”, declara Hélio Campos. Para Fernando, é obrigação do Legislativo fiscalizar a denúncia feita pela vereadora. “Temos que fiscalizar isso urgente, mas é preciso ouvir os dois lados desta história”, ressalta o edil.

Antecipando a fiscalização do Legislativo, a reportagem do Barroso EM DIA entrou em contato com o Secretário de Assistência Social, Anderson de Paula, com o intuito de esclarecer a denúncia feita pela vereadora.

“Não é cobrada nenhuma taxa pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social, (Creas). Na verdade, como utilizamos os motoristas da Saúde, e eles não têm diária mais, porque o Tribunal de Contas proibiu o pagamento de diárias, nós pedimos as famílias uma colaboração para o motorista. E quem contribui vai e quem não contribui vai também. Inclusive isto é colocado em reunião aberta para todos os familiares onde é explicado que antes existia diária, mas agora nós dependemos da disposição do motorista, já que as visitas são aos finais de semana”, diz o Secretário.

_MG_9887Anderson ainda faz uma pergunta: o que levaria a um motorista sair daqui, no fim de semana, para ir, na maioria das vezes em São Paulo, sem receber nada, nem a diária? “Ele não tem obrigação nenhuma de ir. Então a família que quiser contribuir, contribui. Isso só acontece também quando é carro da Prefeitura. Quando é Van, alugada, não tem esse problema, porque a Van é locada e não pedimos a colaboração porque o motorista já é pago para isso”, diz Anderson que também afirma que nenhum órgão recebe o valor em dinheiro, que a colaboração é passada direta para o motorista.

O Secretário disse que irá a Plenário falar sobre a situação e explicar aos vereadores. “O que é preciso deixar bem claro é que hoje o motorista da Saúde não recebe mais diária, apenas reembolso daquilo que ele consumir. Então não justifica, repito, o motorista largar a família dele e ir final de semana viajar. Ele inclusive não tem nenhuma obrigatoriedade porque a Prefeitura não paga hora extra. Dessa forma, a família ajuda o motorista, que está fazendo um favor, com as despesas dele que sai às 4h e retorna às 23h”, finaliza.

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