Alguém aí conhece Marques Eustáquio Neves? Ele tem aproximadamente 50 anos, é Eletricista e tem um filho chamado Matheus. Conhecem? Difícil, não é mesmo? Mas fica fácil se a gente perguntar dessa forma: Alguém aí conhece o Pardal? Ele é tranquilo desde sempre, tem aproximadamente 50 anos, com carinha de pouco menos, é boa Praça, Eletricista por profissão, já foi boleiro, tem um filho chamado Matheus e adora uma boa prosa lá para as bandas do Santa Maria. Fica fácil, não é? Quem não conhece o Pardal, aquele pássaro manso e engraçadíssimo que não voa, mas desce e sobe as ruas deste país? Mas, Por Onde Anda?
Nem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama, conseguiu achar essa espécie barrosense rara, que na verdade não para em lugar nenhum, vive mudando de cidades e empregos. E o nosso Pardal andou voando longe dessa vez. A reportagem, através de um e-mail, foi encontrar o barrosense no Paraná, na cidade de Cascavel.
Um homem que consegue unir o útil ao agradável, ou seja, trabalho e turismo. Ao mesmo tempo em que muda de empresa com facilidade, muda também seu conhecimento sobre o nosso Brasil, um país que lhe orgulha pelas belezas naturais.
Já com relação à nossa região, Pardal veio do povoado do Onça, no Emboabas, em São João del-Rei, onde passou boa parte da sua infância. E foi justamente na infância que conheceu sua primeira paixão: o futebol. Bom de bola, o menino franzino assistiu de camarote e se tornou fã de nomes como Côlo, Carlinhos Gomes, Paulo Loiro, Lascado, Didi da Padaria, Luis Raposa, Zezé Do Ponto, enfim, nomes que lhe incentivaram a jogar, e jogou no Montanhês, ao lado de Duardinho, Negão, Nego Branco, saudoso Tito, Zezé Goleiro e José Ferreira, que ele faz questão de ressaltar que foi um dos melhores e que dificilmente alguém jogará bola por aqui como Ferreira, nem aqui, nem pelas cidades por onde Pardal voou.
Mas nem tudo são flores, mesmo acostumado a driblar grandes zagueiros, ainda na juventude, Pardal não conseguiu vencer uma importante barreira da vida, a dependência química. Chegou a trocar os verdadeiros amigos e os jogos pela péssima experiência das drogas. Quase se entregou, quase perdeu, mas Deus esteve presente na sua vida e os verdadeiros amigos e familiares lhe deram as mãos e ele conseguiu driblar o maior dos seus adversários, a dependência química.
Driblou, passou, invadiu a área e marcou um gol de placa na vida. Abandonou Barroso, voou com as asas abertas, fez e continua fazendo sua vida mundo afora e, sempre que pode, retorna à terrinha, revê seus amigos, os filhos deles, a turma da Garagi, por quem tem um grande apreço, e, como se fora um pássaro que nunca esquece o caminho de casa, voa, voa e volta, tranquilo e manso como um Pardal que atende pelo nome de Marques Eustáquio Neves.
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