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Fortaleza, Ceará, estádio Castelão, terça-feira, dia 17 de junho de 2014, aproximadamente às 16h, está para começar o jogo do Brasil, válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. A Seleção Brasileira vai enfrentar o México, até então, um carrasco brasileiro. O povo invade as ruas da capital cearense e toma as ruas de todo o Brasil. Rua Natanel de Oliveira, Bair- ro Irmãos Pinto, terça-feira, 17 de junho, 16h, quem passa pela Rua se depara com algo inusitado: na casa de número 640, três famílias mexicanas, que estão vivendo em Barroso, se unem para torcer pelo seu país. É o futebol em sua forma natural e apaixonante. Tem nome é atende por Copa do Mundo, a maior competição esportiva do planeta.

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Nas paredes e no coração o México, país de origem. Na cena inusitada, emoção e respeito na execução dos hinos. A fé invade a sala, a paixão atravessa fronteiras, o jogo começa, a torcida começa, o amor pelo futebol parece não ter fim. É assim que Rosy Frausto e seu marido José Araiza receberam os mexicanos em sua residência. No cardápio, lógico, comida mexicana, brasileira e muita alegria e admiração pelo futebol tupiniquim. “Temos o maior respeito pelo Brasil, mas torcemos pela nossa terra, o México”, descreve com um sotaque recheado Rak Trujilo, esposa de Manuel Salcedo, atualmente Gerente Elétrico da Expansão Holcim. Naturais de Orizaba, no estado de Veracruz, os mexicanos estão há quase dois anos em Barroso, onde vivem na Rua Joaquim Meireles, no Centro, com o filho que estuda no município.

Quem sobe ou desce a chamada Rua dos Protestantes, se depara com duas casas enfeitadas e preparadas para a Copa. Na decoração: um misto de Brasil e México pelas paredes e fachadas. Está no ar, no coração, na cabeça e até nós pés a paixão. “México de pés a cabeza”, descreve dias antes da partida Rak Trujillo, fazendo referência às unhas dos pés, pintadas com as cores da bandeira do México. “Estamos torcendo muito para o nosso país. Adoramos o Brasil, mas em primeiro lugar vem o nosso México”, diz.
Quem ganhou o jogo? Naquele dia não importava o placar. A imagem e lembrança que ficará será de assistir a uma partida longe da sua terra natal, no país sede da Copa e contra os anfitriões. A grande jogada daquela tarde de terça-feira, 17 de junho, foi a união dos mexicanos em plena Bar-roso. A Copa ou a Expansão nos trouxe esperança, medo, reivindicações, contestações, mas acima de tudo nos deixará um legado: “We are one “, ou somos uno solo, ou como queremos, simplesmente, somos um só.

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