Chegou ao fim no começo da noite dessa segunda-feira (24), o julgamento de Álvaro Graçano dos Santos, o Alvinho. Ele foi condenado a oito anos de prisão pela morte de Márcio Leandro da Silva, o Mamá. O crime aconteceu em fevereiro de 2012 no bairro Bandeirantes.
Álvaro, que é réu confesso, teve como defesa os advogados Dr. Alexandre Júnior Teixeira, que enfrentou seu primeiro Júri Popular, e, Dr. Frederico Silva Camargo, além do estagiário Wenderson de Oliveira Pinto.
Os advogados sustentaram durante todo o julgamento a tese de legitima defesa putativa, uma vez que Álvaro declara ter sido ameaçado freqüentemente e sofrido tentativa de homicídio por Mamá ainda nos tempos em que estavam presos juntos. Ele inclusive mostrou uma cicatriz no julgamento declarando ser decorrente de um chamado “chucho” (cabo de vassoura afiado usado nas cadeias), que teria atingido seu peito, pouco abaixo do coração.
A acusação ficou por conta do doutor Lauro Sodré, Promotor Público. Lauro insistiu na tese de vingança e chamou atenção do crime de tráfico de drogas, também apontado a Alvinho.
O júri popular barrosense (seis mulheres e um homem) declarou culpado Alvinho. Ele ficou com o homicídio simples (de seis a 20 anos de cadeia), porém, o Excelentíssimo senhor Joaquim Gamonal, aumentou dois anos a pena mínima, ficando em oito anos.
Durante todo o dia, dezenas de advogados e cidadãos passaram para acompanhar o julgamento que durou cerca de 10 horas.
Para a defesa, o objetivo foi alcançado. “Desqualificamos o homicídio duplamente qualificado para homicídio simples. Dessa forma, já obtivemos a condição de requerer a progressão de regime fechado para o semi-aberto. Possibilitando que o réu possa ficar em liberdade”, diz.
Álvaro está preso desde março de 2012, ou seja, já cumpriu um sexto da pena e pode ganhar a liberdade nos próximos dias.
Antes da leitura da sentença final, Gamonal, que foi tem side muito elogiado pela população barrosense, em um gesto feliz, convocou a todos os presentes para rezarem e pedirem a Deus que abençoe as almas que estão no céu e que ilumine a decisão dos homens aqui na terra.
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