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Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania mostram que, em Minas, de janeiro a 1º de setembro deste ano, foram 1.207 denúncias, com mais de 6.100 violações – desde agressões físicas e psicológicas até injúria racial e incitação ao suicídio.

Nas queixas, o risco de morte da vítima apareceu 103 vezes. Os números embasam a primeira reportagem da série “Saúde Mental à Prova”, que vai mostrar como agressões físicas, psicológicas e virtuais podem ser, em certa medida, gritos de socorro de uma comunidade escolar emocionalmente adoecida.

O levantamento mostrou que, de 2001 a 2024, aconteceram 42 ataques violentos a escolas, deixando 44 mortos e 113 feridos no país. Mais da metade dos casos (64,28%) foram desde 2022. “Após a pandemia, nossos jovens passaram a ter necessidade de conexão o tempo todo e uma expectativa de dar certo no momento presente. Isso explica a quantidade de ansiedade, medo e sofrimento”, diz a psicóloga e líder do Gepem, Luciene Tognetta.

Casos extremos de violência como os 42 ataques registrados desde 2001 no país causam maior repercussão em função da brutalidade e evidenciam feridas já abertas na comunidade escolar. Porém, existem diversas formas de agressão para além das físicas que impactam o dia a dia dos estudantes. Ao menos 11,3% dos alunos do nono ano do ensino fundamental do país já precisaram faltar às aulas por não se sentirem seguros dentro do ambiente escolar.

O dado compõe a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e apoio do Ministério da Educação em 2019, e mostra a percepção de insegurança com a possibilidade de ter ocorrido algum episódio de violência ou agressão.

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