Compartilhe:

Mais um morador de Juiz de Fora foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Trata-se de Robson Victor de Souza, com endereço no Bairro Santa Efigênia.

Ele terá que cumprir 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Confira abaixo o detalhamento da pena:

  • 4 anos e 6 meses de reclusão, por abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • 5 anos de reclusão por golpe de Estado
  • 1 ano e 6 meses de detenção e 50 dias‑multa (cada dia‑multa equivalente a 1/3 do salário mínimo), por dano qualificado
  • 1 ano e 6 meses de reclusão e 50 dias‑multa (cada dia‑multa equivalente a 1/3 do salário mínimo), por deterioração de patrimônio tombado
  • 1 ano e 6 meses de reclusão, por associação criminosa armada

A decisão, publicada na segunda-feira (16), também determina pagamento de R$ 30 milhões de multa por danos morais coletivos, juntamente com os demais condenados.

O cumprimento da pena será em regime fechado, mas cabe recurso da decisão. Após o trânsito em julgado, ou seja, quando não tiver possibilidade de qualquer tipo de recurso, o nome dele será registrado no rol dos culpados.

g1 fez contato com os advogados de defesa de Robson, mas ainda não teve retorno.

Manifestante entrou no Palácio do Planalto

A decisão foi proferida nos termos do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Ficaram vencidos, total ou parcialmente, os ministros Nunes Marques, André Mendonça, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Conforme a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, Robson teria entrado com o grupo de bolsonaristas no Palácio do Planalto, “empregando violência e com o objetivo declarado de implantar um governo militar”. Ao todo, os danos causados por eles, somente no Palácio do Planalto, ultrapassaria o valor de R$ 9 milhões, apenas com obras de arte.

Ele foi preso em flagrante na manhã do dia 9 de janeiro, em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.

OUTROS PRESOS

Em fevereiro, o juiz-forano Marcelo Eberle Motta, coordenador do movimento ‘Direita Vive’, também foi condenado. A sentença prevê condenação de 17 anos em regime fechado, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração do Patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Já em 2024, Joanita de Almeida foi condenada a 16 anos e 6 meses também pela participação nos atos antidemocráticos. A pena da ex-presidente da Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes foi de 16 anos e 6 meses, inicialmente em regime fechado.

Em 2023, Jaqueline Freitas Gimenez, que teria participado da invasão e depredação da sede dos Três Poderes, foi condenada a 17 anos de prisão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *