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Ruas, casas, praças e vitrines enfeitadas. Muitas luzes indicando a chegada de Papai Noel. Sim, é Natal.
Tempo de sonhos, de renovação e de esperança. É a chegada do Menino Deus, que há mais de dois mil anos veio ao mundo para nos salvar. Estranho que, para muitos, a festa é mais do Papail Noel e dos presentes do que do Salvador. É uma pena. Mas em uma sociedade de consumo como a nossa, é isso o que parece ter mais importância.

Neste tempo, vemos muitas manifestações de solidariedade. Oferta de cestas aos mais necessitados e brinquedos e doces para as crianças carentes. Muito bonito ver como os cidadãos são capazes de atitudes tão simbólicas e que tanto bem trazem à sociedade. Que bom que nós somos capazes de demonstrarmos o amor ao próximo, sendo solidários.
Mas há de ser feita uma pergunta: por que não somos assim durante todo o ano? Será que este espírito natalino não pode existir ao longo de todo o ano? Os atos de união e de compaixão não podem ser uma atitude cotidiana em nossas vidas?
De fato, a fome e a pobreza não existem apenas no Natal. Infelizmente, são características de nossa sociedade e precisamos, como cidadãos responsáveis, fazermos algo para diminuir essa absurda diferença social existente em nosso país. Poucos com muito, e muitos com pouco. E pergunta-se: o que nós fazemos para mudar isso? Será que não seria a hora de fazer com que o espírito de solidariedade do Natal sobreviva durante todo o ano?

Vivemos em uma sociedade dividida e desigual. Nosso país passa por uma séria crise de identidade, com uma divisão política inconteste. Se somos partidários de um lado, tudo o que o outro faz está errado. E vice-versa. Há um abismo social, onde os ricos detêm a riqueza em suas mãos e não se dão conta que, ao lado, existem pessoas famintas, em um verdadeiro caos social. A criminalidade aumenta a cada dia, e a falta de perspectiva de dias melhores é um dos fatores disso.
Não podemos ser levianos de aceitar uma sociedade dividida como a nossa. Não podemos ser divididos entre direita e esquerda; pobres e ricos. Somos uma nação que, a duras penas, tem tentado se formar nos últimos duzentos anos. E o que vemos é que, infelizmente, nos dias atuais, estamos cada vez mais longe de sermos um país justo, fraterno e igualitário.
Quem sabe este período de Natal não sirva para que tomemos atitudes para melhorarmos essa situação? O respeito ao próximo e a solidariedade devem ser a tônica da sociedade. Mais importante do que os meus interesses, são os interesses da sociedade. O todo tem que valer mais do que o individual.

O que estamos propondo não é uma mudança drástica. O que queremos é que cada um de nós possamos pensar mais no próximo, pois, respeitando aquele que nos cerca, estaremos fazendo um mundo melhor. Até porque foi o próprio Jesus quem nos ensinou que amar o próximo como a si mesmo é mandamento dos mais importantes. Ficam aqui dois desafios: sermos solidários durante todo o ano e, principalmente, respeitar e amar o próximo. Assim, certamente, seremos uma sociedade mais feliz.

Feliz Natal e que o menino Deus possa encher de graças a vida de todos nós.

por Gian Brandão

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