Dois projetos de lei (PLs) para privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) foram protocolados, nesta quinta-feira (14), pelo Governo de Minas na Assembleia Legislativa (ALMG). Os textos, encaminhados pelo governador em exercício Mateus Simões (Novo) – vice de Romeu Zema (Novo), que está em viagem oficial no Azerbaijão -, sugerem a adoção do modelo corporação, ou seja, o Estado deixaria de ser o gestor das estatais, que passariam a não ter um controlador definido.
Com este tipo de privatização, as ações preferenciais da Cemig seriam convertidas em ações ordinárias (que dão aos acionistas o direito de voto nas decisões tomadas pelas empresas). Em relação à Copasa, a totalidade das ações já são ordinárias. As propostas precisam ser recebidas em plenário pelo presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), para começar a tramitação.
Hoje, a Cemig é a única grande empresa estatal do setor elétrico no Brasil. O modelo que pode ser adotado fará com que a companhia energética passe a ter mais sócios que estão obrigados a realizar investimentos em Minas sempre superiores à desvalorização dos seus ativos para melhorar o atendimento a indústrias, clientes rurais e residenciais, segundo o Governo de Minas. A sede da empresa continuará em Belo Horizonte, mas o intuito é abrir o mercado de energia para os clientes residenciais, o que significa que qualquer pessoa poderá escolher de qual empresa do Brasil quer comprar sua energia.