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Com a queda da temperatura e a baixa umidade do ar, a proliferação de vírus causadores de doenças respiratórias tende a aumentar. O mês de maio marca o início do período de sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que, apesar de acometer pessoas de todas as idades, tende a apresentar quadros mais graves em crianças menores de 2 anos. Apesar de não haver uma vacina específica para este vírus, especialistas alertam para a importância da imunização contra outras doenças, como gripe e Covid-19, para reduzir o desenvolvimento de outros problemas respiratórios.

Como só há testagem em casos de internação, é possível que haja subnotificação dos casos de VSR. Além disso, não é possível diferenciar a doença entre outras respiratórias apenas pelos sintomas. Isso só é feito a partir dos exames laboratoriais. “Em muitas dessas infecções, a criança tem poucos meses de idade. Às vezes, ela tem uma sintomatologia menor e é tratada como uma gripe comum ou como outra doença respiratória.”

Apesar de não haver uma vacina contra a VSR, o infectologista destaca a importância de se imunizar contra as demais doenças, como gripe e até mesmo Covid-19, para auxiliar no diagnóstico e no tratamento. Conforme Novaes, a cobertura vacinal dessas infecções está abaixo do esperado em todo o país, o que mantém os vírus circulando e ainda pode levar ao surgimento de outras variantes. “Se a criança for vacinada contra a gripe e for vacinada adequadamente contra a Covid-19, de acordo com a idade, já são duas coisas que eu posso ‘tirar do meu diagnóstico’ e focar na VSR, porque o tratamento é completamente diferente para as três doenças.”

Os sintomas mais comuns de infecção por VSR são febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal. Em casos mais graves, podem ocorrer febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, lábios e unhas arroxeados. Nestes casos, a recomendação do Ministério da Saúde é que os pacientes procurem uma Unidade Básica de Saúde para o primeiro atendimento.

CASOS

Em todo o estado de Minas Gerais, foram 1.005 internações por VSR em 2023 até o dia 11 de maio. O número representa mais da metade do que foi registrado no ano todo de 2022, quando houve 1.874 casos. O pico de infecções com resultado positivo no estado ocorreu em maio, com 249 internações.

Em relação aos óbitos, Minas confirmou 25 durante 2022. Já em 2023, 12 pessoas morreram por infecção pelo VSR no estado.

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