Ninguém melhor que o povo de Barroso para falar de democracia e justiça. O ano era 2008, a então candidata a prefeita Eika Oka de Melo tentava voltar ao poder e concorre às eleições contra o prefeito do município à época, o saudoso Arnauld Napoleão. Nas urnas, democraticamente, Eika vence as eleições na cidade. Porém, a justiça, até então em duas instâncias, reafirma a impugnação de Eika e o candidato derrotado nas urnas continua como prefeito do município. O povo de Barroso, pelo menos a grande maioria do eleitorado, que escolheu democraticamente a candidata Eika, sai às ruas em forma de protesto. Uma multidão vai para a frente da casa de Eika e entoa o grito de democracia. Eika, eleita pelo povo democraticamente, recorre à última instância e vai, literalmente, até o Supremo Tribunal Federal (STF). Eika falou pessoalmente com um Ministro na época. Quase cinco meses depois do resultado das urnas, enfim, a justiça reconhece a vontade popular e dá a Eika o direito de assumir a Prefeitura de Barroso. Justiça seja feita! A vontade popular, a maioria, como reza a democracia, é atendida. Não é momento de discutir democracia, pelo menos em Barroso não! O povo desta cidade e a ex-prefeita Eika são o maior exemplo de que o estado de direito sempre deve ser respeitado. A escolha da maioria nas urnas, a vontade popular é inquestionável. Quem tem a maioria dos votos é eleito. O povo de Barroso e a ex-prefeita Eika sabem disso! Democracia sempre!
por Bruno Ferreira