As eleições deste ano serão lembradas por um fenômeno que se tornou mais grave e mais frequente: o assédio eleitoral. Nas últimas semanas, a quantidade de denúncias sobre pessoas sendo coagidas por empresas a cometer dois crimes — escolher um candidato por imposição e violar o sigilo do voto — aumentou de maneira vertiginosa. A explosão de episódios ocorreu, principalmente, após o primeiro turno — e não para de subir.
São 903 denúncias de assédio eleitoral ao Ministério Público Eleitoral somente nesta eleição. Para se ter uma ideia, em 2018 foram 203. Um aumento de 326% em comparação com o último pleito. Cresce assustadoramente os casos no Brasil que até então era mais comum nas capitais, mas tem chegado ao interior.
“Estamos vendo em nível nacional, agora regional e não duvido que já esteja chegando em Barroso”, diz o vereador Luizinho Moreira que se mostrou preocupado com a situação e o número de denúncias. “Como todos sabem, tenho um supermercado, mas nunca reuni meus funcionários para exigir e sequer pedir voto. Isso não se faz, é crime”, diz Luizinho.
O vereador também falou sobre as denúncias. “As vezes o cidadão, o empregado fica sem jeito e fica aceitando calado, pode nos procurar, pode me procurar, eu entro com a denúncia no Ministério Público e pago um advogado do próprio bolso”, relata o edil.
Veja alguns vídeos de Luizinho Moreira na reunião ordinária da Câmara Municipal de Barroso nessa quinta-feira (20).