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Prefeitos mineiros atuam como cabos eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reta final da campanha. Para tentar inverter a derrota sofrida para o petista em Minas Gerais no primeiro turno.

Bolsonaro pretende diminuir a margem de 397 municípios conquistados pelo petista. Em 2 de outubro, Lula triunfou em 630 dos 853 municípios de Minas Gerais, ante 223 vitórias de Bolsonaro.

A diferença é de 563,3 mil votos a mais para a chapa liderada pelo PT. Em busca da reviravolta, Bolsonaro aposta no apoio do governador reeleito Romeu Zema (Novo) e, a reboque disso, na atuação de prefeitos como seus cabos eleitorais.

Sem palanque formal em Minas Gerais por causa da derrota de Alexandre Kalil (PSD) para Zema, os partidos da coligação de Lula apostam na comunicação das lideranças regionais para barrar a ofensiva liderada pela campanha de Bolsonaro e endossada por Zema.

O cientista político Adriano Cerqueira, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e do Ibmec, diz que o apoio de prefeitos, a reboque do posicionamento do governador reeleito de Minas, Romeu Zema (Novo), pode dar fôlego à candidatura do presidente Jair Bolsonaro em Minas. Segundo ele, a vitória de congressistas alinhados ao chefe do Executivo federal também ajuda, porque é por meio deles que as lideranças municipais precisam buscar parte dos recursos de que precisam.

“É possível que aqui, em Minas, haja uma reversão de votos, quem votou em Lula no primeiro turno votando em Bolsonaro no segundo turno”, avalia, projetando a possibilidade de um movimento similar ocorrer em nível nacional.

Na visão do especialista, os prefeitos tendem a ser os “grandes eleitores” do segundo turno, porque vão comandar as gestões locais por, pelo menos, mais dois anos — o que pode indicar, em alguns casos, necessidade de diálogo constante com os governos estadual e federal.

“Esses prefeitos, ou vão disputar a reeleição, ou vão querer que os apoiados por eles ganhem. E, para que ganhem, vão precisar de apoio da máquina administrativa estadual, e também, federal, se for o caso. Vão precisar muito, ainda, de verbas do orçamento, discutidas por deputados federais e estaduais. O novo Congresso é que vai atuar em dois anos”, ressalta Cerqueira.

Via Estado de Minas

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