“Estou passando por uns problemas. Meu filho está mexendo com drogas e ele é de menor. Eu já fui em tudo quanto é lugar, mas nem estudar ele quer. Você poderia me ajudar internar ele, antes que eu perco meu filho. Já tentei com o Luciano – do ABC – já fui no CRAS, no Conselho Tutelar, na Delegacia, na Juíza, não consigo nada. Desculpa te incomodar, mas é um pedido de uma mãe pedindo socorro”, diz a genitora que não teve o nome revelado pelo vereador João Campos, o Golô, que divulgou o áudio na Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Barroso no último dia 4 de agosto. Naquelas frases com a voz embargada, a mãe aflita tentava salvar o filho do mundo das drogas.
Este é apenas um dos inúmeros pedidos de socorro que Golô e vários outros barrosenses envolvidos na causa recebem diariamente. “É para vocês verem o desespero de uma mãe que sabe que vai perder o filho. Ele está envolvido nas drogas e ela já não sabe mais o que fazer”, diz o vereador que acredita que também investindo em esporte e educação é que teremos retorno na área da saúde. “Também investindo em esporte e educação é que conseguiremos diminuir a demanda da saúde”, diz João Campos que há 13 anos, ao lado de Gilson Boneco, Carlinhos e Se-nhor Valdir, está à frente da Escolinha do Bandeirantes que hoje tem centenas de atletas que estão longe das drogas. “Nosso objetivo não é formar jogador profissional, nosso objetivo é formar cidadãos”, relata o vereador que na oportunidade pediu ajuda à população para a mãe que estava desesperada.
OUTROS CASOS
Lamentavelmente essa é uma realidade cada vez mais comum em nossa cidade. A cada mês, dezenas e dezenas de mães recorrem a barrosenses que são envolvidos na causa contra as drogas. Outro exemplo conhecido e que é citado pela própria mãe no áudio divulgado por Golô é o de Luciano do ABC, que também conhece a fundo a realidade do envolvimento de jovens com drogas em Barroso. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um recém projeto inaugurado pelo Instituto ABC, intitulado Bom Samaritano, em apenas cinco anos de existência, já atendeu 154 pessoas, entre homens e mulheres, em Barroso. Trata-se de um projeto em que as internações são voluntárias para cidadãos que enfrentam problemas com álcool e drogas. “É um problema realmente muito complexo que tem chegado às famílias cada vez mais cedo. Aqui na instituição temos tentado fazer a nossa parte, não só apoiando os usuários nas internações como também em rodas de conversas nas escolas, principalmente com jovens das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio entre 12 e 18 anos buscando uma maior conscientização, pois com relação às drogas a melhor saída é não entrar, diz Luciano.
SERVIÇO
Aqueles que desejarem, podem entrar em contato com o Instituto ABC através do telefone 9-9968-1245
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