Em entrevista à Rádio Itatiaia no último sábado (22), o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou que o pico real de pessoas infectadas pelo coronavírus no Estado foi atingido nesta semana. De acordo com ele, o recorde de casos deve ocorrer até o dia 1º de fevereiro. A expectativa, no entanto, é que as contaminações caiam rapidamente até fim do próximo mês.
“É uma tsunami, é uma onda muito alta que estamos vivenciado. A semana que vem deve ser a semana de maior número de pessoas se infectando e, da mesma forma que sobe muito rápido, cai também muito rápido. A expectativa é que meados de fevereiro, no final do mês, a gente esteja com o número de casos próximo ao anterior à onda que estávamos vivenciando”, explicou o secretário.
“Conversei com o Jackson Pinto [atual Secretário de Saúde de Belo Horizonte] ontem, a gente sempre vai conversando para atuar de forma conjunta. O grande problema hoje não está no número de pacientes, que temos bem menos que março e abril do ano passado. O problema agora é a mão de obra. A Ômicron é capaz de infectar muitas pessoas ao mesmo tempo. Estamos com dificuldades de abrir leitos diante de uma demanda que não é tão grande como já foi anteriormente. Na segunda (24), a Fhemig deve abrir 10 leitos de UTI pediátrico, o Júlia Kubitschek está se movimentando para abrir mais leitos, mas podemos dizer que as pessoas já estão infectadas. É esperar parte delas irem aos hospitais”, detalhou Baccheretti.
Ainda conforme o secretário, Minas está priorizando a abertura de leitos neste momento da pandemia.
“A gente vê com preocupação, mas o momento de fazer qualquer medida para evitar infecção já passou, porque agora é o paciente que vai chegar. Nossas ações são muito mais na garantia de leitos, que estamos com ocupação no estado de menos de 30% de UTI e fazer um grande esforço nas próximas três semanas para atender essa demanda, que vai aparecer aumentada. Daqui a pouco, a gente vê a queda dos números acontecer. Lembrando que o paciente vem depois da infecção, cerca de uma semana depois. Viveremos duas ou três semanas difíceis. Temos bem menos pacientes e bem menos óbitos do que ano passado, mas é um motivo de preocupação”, reforçou.
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