O intenso período chuvoso que Minas Gerais enfrenta nos últimos dias já vitimou nove pessoas em todo o Estado, três somente neste final de semana. Até o momento, 3.409 pessoas estão desabrigadas e outras 13.734 estão desalojadas. As informações foram divulgadas via boletim pela Defesa Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira (10). Em decorrência das chuvas, a Vale e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) interrompem temporariamente parte de suas operações em Minas Gerais.
O número de óbitos infelizmente tende a aumentar, uma vez que os dez óbitos registrados em Capitólio deverão entrar na lista após o encerramento das investigações, segundo com a Defesa Civil. As causas desta tragédia ainda estão sendo apuradas, mas autoridades estaduais já anteciparam que parte do paredão rochoso pode ter ruído por efeito da ação das águas.
Os municípios que registraram morte em Minas são Belo Horizonte e Betim, na região metropolitana, Coronel Fabriciano, Dores de Guanhães e Pescador, na região do Vale do Rio Doce; Engenheiro Caldas, na região Sudeste; Montes Claros, no Norte de Minas; Nova Serrana, na região Centro-Oeste; e Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Até a manhã dessa segunda-feira (10), prefeituras de 145 das 853 cidades mineiras já tinham decretado situação de emergência, de acordo com a Defesa Civil. A cidade de Itabirito declarou estado de calamidade pública nesse domingo (09), mas a informação ainda não consta no boletim da Defesa Civil.
Na divisa entre Conceição do Pará e Pará de Minas, na região central do Estado, moradores estão deixando residências em áreas sob risco de serem atingidas pelo potencial rompimento da barragem hidrelétrica da Usina do Carioca e eventual aumento do nível do Rio São João.
Devido ao risco do grande volume de água acumulado atingir os rios São João e Pará, as autoridades recomendaram, nesse domingo (09), que moradores de áreas ameaçadas em três cidades abaixo da usina (Onça de Pitangui, Pará de Minas e Pitangui) deixassem suas casas e buscassem abrigo em lugares mais altos e distantes dos rios. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil continuam monitorando a barragem hidrelétrica.
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